A tripulação da Estação Espacial Internacional teve de se
refugiar em cápsulas de fuga de emergência temendo uma colisão com um pedaço de
lixo espacial.
O detrito, um pedaço descartado de um foguete russo, foi detectado na sexta-feira, quando já era tarde demais para mover a estação espacial.
Nasa estima que cerca de 22 mil detritos estariam orbitando
em volta da Terra
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A agência espacial americana, a Nasa, afirmou que o detrito não chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça, mas acrescentou que foi preciso tomar medidas de precaução.
Foi a terceira vez em doze anos que a Estação Espacial
Internacional enfrenta o risco de ser atingida por lixo espacial.
Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma
espacial.
Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste
sábado passou a uma distância de 23 quilômetros da estação.
A plataforma espacial atualmente conta com três astronautas
russos, dois americanos e um japonês.
A equipe recebeu ordens de se refugiar em duas cápsulas
Soyuz na eventualidade de a estação ser atingida, mas um porta-voz da Nasa
informou que eles receberam o sinal verde para regressar à estação na madrugada
do sábado.
O ''exercício de abrigo'', segundo o porta-voz, foi
realizado ''com extremo zelo e de forma muito cuidadosa''. Ele acrescentou que
tudo ocorreu ''como manda o figurino e o pequeno detrito passou pela Estação
Espacial Internacional sem que houvessem incidentes''.
A Nasa está atualmente rastreando cerca de 22 mil objetos
que estão percorrendo a órbita terrestre, mas a agência espacial acredita que
possam exitir milhões de objetos rondando o espaço, como consequência de
décadas de programas espaciais.
Os detritos variam de tamanho, podendo ser desde pequenos
objetos com menos de um centímetro de comprimento ou até grandes pedaços de
foguetes, satélites que não operam mais ou tanques de combustível descartados.
Todos estes detritos que constituem o lixo espacial viajam a
velocidades de vários quilômetros por segundo e, numa eventual colisão, podem
provocar sérios danos à plataforma espacial ou a satélites.
Um dos eventos que provocou a maior criação de detritos se
deu em 2007, quando a China usou um míssil para destruir um de seus próprios
satélites. A explosão criou mais de 3 mil detritos, que puderam ser rastreados,
e outras 150 mil partículas
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