segunda-feira, janeiro 28, 2013
domingo, janeiro 27, 2013
10 maiores conquistadores de terras
Desejo de poder, rivalidade religiosa, intolerância racial,
ganância, loucura... todas essas razões influenciaram gênios das estratégias de
guerra a tomar territórios e aniquilar militares e civis, inimigos e aliados.
Confira clicando neste mapa quem foram os maiores conquistadores da História.
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Vale tudo?
Imperdível! Corredor espanhol dá
exemplo de 'fair play' no
esporte
Não há medalha que consagre a ação do espanhol Ivan
Fernandez Anaya durante uma corrida cross country, em dezembro passado, em
Navarra (Espanha). Ele era o segundo colocado da prova quando viu Abel Mutai,
que liderava com folga, diminuir o ritmo a menos de 20 metros da vitória por
achar que já havia cruzado a linha de chegada. Ao invés de aproveitar a
oportunidade para ultrapassar o queniano e vencer a corrida, o espanhol mostrou
que a vitória não é o mais importante no esporte e fez questão de alertar o atual
campeão olímpico dos 3000m com obstáculos.
"Eu não merecia vencer", disse Fernandez ao jornal
espanhol El País. "Eu fiz o que tinha que ser feito. Ele era o real
vencedor da prova, liderava com folga e eu não tinha condições de vencer. Ele
(Abel Mutai) cometeu um erro e, assim que vi isso, eu sabia que não poderia me
aproveitar da situação".
Quem não gostou muito da história foi o seu técnico Martín
Fiz, que apesar de admirar a honestidade de Fernandez, confessou que "esse
foi um gesto que não teria feito. Certamente, eu me aproveitaria da situação."
A ação de Fernandez não lhe deu a medalha de ouro, mas o
transformou num exemplo mundial. A história foi compartilhada por milhões de
pessoas no mundo todo, justamente, na semana em que o americano Lance Armstrong
manchou o próprio esporte (o ciclismo) ao admitir o uso de doping.
domingo, janeiro 20, 2013
Olha a chuva! É mentira...
É fato, todo ano quando abordamos o tema em sala de aula, pergunto: Para que serve a previsão do tempo?
Invariavelmente vem a resposta: Para sabermos a roupa que vamos colocar ou se poderemos ir a praia...
Sigo questionando: Vocês não acham que satélites são lançados, softwares são desenvolvidos, profissionais são formados, estações de coleta de dados instaladas e um espaço caríssimo ocupado nos mais diversos canais de informação apenas para sabermos se vai dar praia ou se lavamos o guarda chuva na bolsa?
A Veja Rio fez uma matéria abordando o assunto... dê uma olhada...
Levantamento realizado por VEJA RIO mostra que os
meteorologistas dos quatro principais centros do país ainda estão muito longe
de conseguir prever com antecedência e exatidão as condições do tempo para a
cidade
Sábado, 5 de Janeiro, praia lotada e sol em um dia em que as moças e os homens do tempo anunciavam chuvas. |
A imagem estampada nestas páginas retrata a Praia de Ipanema
no dia 5, às 5 da tarde, tomada de barracas nas quais turistas e moradores se
refugiavam do calor e do sol forte. Uma cena típica de verão, que, no entanto,
contrariou todas as previsões feitas três dias antes pelos institutos de
meteorologia, que vaticinaram variados tipos de chuva para aquele sábado — na
verdade, não caiu uma gota na cidade durante todo o dia. O erro não foi um caso
isolado. Por dez semanas, entre 31 de outubro do ano passado e o último dia 6,
VEJA RIO coletou, sempre às quartas-feiras, as previsões para os fins de semana
nos sites do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), do
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e dos privados Climatempo e Somar Meteorologia.
Dos 35 dias avaliados, o acerto médio ficou entre nove e doze dias, um padrão
que varia de 25% a 34%. Pelos critérios internacionais, para o mesmo período, a
média de acerto considerada satisfatória é de pelo menos 60%. Na avaliação, que
levou em conta condições gerais como sol, céu nublado, chuva contínua ou em
pancadas, foram comuns divergências entre as próprias previsões realizadas
pelos especialistas. “A sensação é que a meteorologia ainda não é uma ciência
com base em indicadores físicos e matemáticos. Se você pedir a dois
profissionais de um mesmo centro que elaborem previsões com base nos mesmos
dados, eles vão produzir prognósticos diferentes”, afirma Alfredo Silveira da
Silva, coordenador de graduação do curso de meteorologia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representante da categoria no Conselho
Regional de Engenharia do Rio de Janeiro.
Em uma cidade marcada pelas belezas naturais e pelo relevo acidentado, em que
as atividades ao ar livre são parte da vida dos moradores e visitantes, as
previsões de tempo bom ou ruim influenciam desde a decisão do carioca de ir ou
não à praia até o faturamento de hotéis e restaurantes. Isso para não falar na
possibilidade de prevenir catástrofes, retirando moradores de áreas sujeitas a
enchentes e deslizamentos que costumam acompanhar as chuvas torrenciais típicas
do verão. Mas nem sempre elas acertam e exemplos não faltam (confira a tabela
ao lado). O descompasso entre a previsão e o que ocorre de fato é histórico, e
chegou a render episódios folclóricos no passado. Em dezembro de 2001, o então
chefe do Inmet na cidade, Luiz Carlos Austin, previu a formação de nuvens
pesadas que provocariam chuva, trovoadas e até granizo na festa de réveillon em
Copacabana. O Ano-Novo, entretanto, veio com céu limpo e estrelado. Irritado, o
então prefeito Cesar Maia ameaçou processar Austin por afugentar os turistas e
causar prejuízos financeiros ao município. “A previsão local, regionalizada e
feita com muita antecedência, ainda é passível de muitos erros”, diz Olívio
Bahia, do CPTEC/Inpe, o mais bem equipado centro de previsão do país, que,
mesmo assim, cravou apenas onze acertos no levantamento de VEJA RIO. “O
prognóstico depende muito da época do ano e do sistema que está atuando. O
verão, por exemplo, é uma estação bem complicada.”
Prever o tempo nos trópicos exige destreza e profundo conhecimento dos fatores
climáticos locais. A imensa maioria dos modelos matemáticos utilizados para
realizar as previsões, compostos de milhares de equações que simulam as
condições atmosféricas, está baseada em dados observados em latitudes médias,
pois foi desenvolvida em situações de clima temperado. Assim, nenhum dos
sistemas de análise criados a partir desses modelos alcança o mesmo resultado
em regiões de temperaturas elevadas e grandes instabilidades como o Rio. É
consenso entre os especialistas que, na Região Sul do país, tais modelos
funcionam bem. Mas, no Sudeste, só se costuma obter boas previsões no inverno,
quando a atmosfera está menos sujeita a grandes variações. Além disso, a
existência de duas grandes baías (Guanabara e Sepetiba) e cadeias de montanhas
(maciços da Tijuca e da Pedra Branca) complica as previsões por aqui. “Toda
essa beleza tem seu preço. A condição geográfica do Rio é um dos maiores
empecilhos para previsões mais acuradas”, justifica Lúcio de Souza, do Inmet.
Dotado de 34 estações de monitoramento em uma área
relativamente pequena do ponto de vista geográfico, o estado do Rio de Janeiro
é o mais bem observado do país. No Sumaré, um radar meteorológico foi instalado
para vigiar as condições do tempo depois que chuvas torrenciais provocaram o
caos na capital em abril de 2010. É desse aparelho que partem os alertas sempre
que nuvens carregadas ameaçam desabar sobre nós. Ainda que pequena quando
comparada ao padrão internacional, tal rede seria até razoável se funcionasse a
contento. A estação meteorológica do Alto da Boa Vista, responsável por
fornecer as mínimas de temperatura e as máximas pluviométricas, por exemplo,
foi depredada em dezembro e ficou vários dias sem funcionar. A boia marítima
que desde novembro de 2011 coleta dados meteorológicos em Cabo Frio, entre os
quais o fluxo das correntes e a temperatura do mar, costuma ser alvo de
vandalismo. Desinformados, pescadores usam essa boia para amarrar embarcações,
inutilizando assim a principal ferramenta para a emissão de avisos de ressaca
no litoral fluminense. Cada vez que isso acontece, a Marinha, dona do aparelho,
gasta 700 000 dólares
para religá-lo. “O equipamento funciona como uma salvaguarda para os casos em
que o modelo numérico nos fornece uma informação ilógica ou superestimada.
Quando ele fica fora do ar, a previsão perde em confiabilidade e precisão”,
afirma a capitã de fragata superintendente de meteorologia e oceanografia Emma
Giada Matschinske.
Devastação provocada pelo furacão Sandy em Nova Jersey: os cientistas previram com 5 dias de antecedência que o local seria atingido. |
Embora tenha a maior rede de observação e estudos climáticos da América do Sul,
o Brasil ainda engatinha no monitoramento de suas condições espaciais. Na sede
do CPTEC/Inpe, em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, é possível
perceber as limitações para prever o tempo. Ali está instalado, desde 2010, o
supercomputador Tupã, uma das máquinas mais poderosas do mundo para esse tipo
de tarefa. Desde o início do ano, os meteorologistas utilizam um novo software
capaz de analisar 1,6 milhão de dados simultâneos. Apesar da máquina poderosa e
do programa de primeira linha, os técnicos do instituto têm uma base muito
limitada de dados climáticos para abastecê-los. As informações usadas são
captadas em 476 estações automáticas de medição climática e 287 convencionais,
concentradas principalmente junto às regiões mais populosas. A distância média
entre elas é de 100 quilômetros, enquanto na Europa gira em torno de um quarto
disso. Sem satélite próprio, o país depende de imagens enviadas por
instituições parceiras no exterior, que nem sempre atendem a todas as necessidades
dos cientistas. Para efeito de comparação, a Agência Nacional de Atmosfera e
Oceanos dos Estados Unidos (NOAA) dispõe de dois satélites meteorológicos
estacionários e outros trinta em órbita. Graças a recursos como esses, o Centro
Nacional de Furacões conseguiu prever com exatidão a área do estado de Nova
Jersey, na costa leste do país, que seria mais atingida pela passagem da
tempestade Sandy. “Aqui, previsão do tempo é coisa séria. Não é uma questão de
nos vangloriarmos de nossos acertos, mas de proteger a vida humana”, explicou a
VEJA RIO José Galvez, pesquisador da NOAA.
Desde que deixou as cavernas, a humanidade tem verdadeira obsessão pelo clima.
Antes mesmo de as grandes civilizações do mundo antigo surgirem, já existiam
xamãs e feiticeiros encarregados de predizer se as colheitas seriam fartas e as
pessoas estariam livres de catástrofes naturais como secas, inundações,
invernos ou verões inclementes. A primeira tentativa de previsão do tempo
registrada remonta aos tempos do rei assírio Assurbanípal e foi escrita em
placas de argila (“Quando surgir um halo escuro em torno da Lua, o mês terá
chuvas”, sentenciava). Apesar de o interesse ser tão antigo e longevo, foi nos
últimos 100 anos que o homem realmente pôde decifrar os mais importantes segredos
do tempo, graças à ajuda de computadores, aparelhos de medição de alta precisão
e satélites de observação. Por aqui, mesmo com todos os problemas e
dificuldades, passos importantes vêm sendo dados nos últimos anos em busca de
maior qualidade nas previsões. Ainda assim, é sempre bom carregar um
guarda-chuva para eventuais surpresas.
sexta-feira, janeiro 18, 2013
Apenas uma questão de perspectiva cartográfica?
Passeando pela "internê" me deparei com essa reportagem publicada originalmente em 2001 na revista Galileu, talvez a principal publicação científica voltada para o público infanto-juvenil.
Observe a reportagem abaixo, principalmente o título e o mapa.
E aí? Afinal, o mapa está certo ou errado?
O mapa está MUITO errado! E o problema não é o fato de aparentar estar de cabeça para baixo, isso é normal. Causa estranheza apenas por uma questão de hábito. O erro é que a imagem está espelhada. Assim, o posicionamento das continentes está completamente equivocado.
O correto seria como na imagem abaixo.
quinta-feira, janeiro 17, 2013
quarta-feira, janeiro 16, 2013
Eventos Climáticos Extremos se Intensificam
Fernando Tadeu Moraes - Folha de São Paulo
O ano de 2012 provavelmente ficará na história como um
período de eventos climáticos extremos, tendência que tem se mantido nas
primeiras semanas de 2013.
A China vem enfrentando o pior inverno dos últimos 30 anos;
a Austrália sofre com queimadas por todo o país e teve nos quatro últimos meses
de 2012 os mais quentes da sua história; o Paquistão foi inundado por enchentes
inesperadas em setembro; o Brasil teve uma de suas primaveras mais quentes e,
nos EUA, o último ano teve a temperatura média mais alta na parte continental.
Vinte centímetros de neve caíram nesta semana em Jerusalém,
cobrindo as ruas e até as palmeiras; tempestade foi a pior em 20 anos
|
"Todo ano temos tempo extremo, mas é estranho ter
tantos eventos extremos ao redor do mundo de uma só vez", disse Omar
Baddour, da Organização Meteorológica Mundial.
No Brasil, ainda não há dados consolidados sobre a
temperatura média do ano passado, mas, para Jose Marengo, pesquisador do Inpe
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os dados até agora apontam uma
situação parecida com a dos EUA. "Em 2012, especialmente a partir de
setembro, batemos recordes de temperatura."
No âmbito mundial, as temperaturas foram altas também.
Estimativas da Organização Meteorológica Mundial mostram que, entre janeiro e
outubro de 2012, a temperatura média foi cerca de 0,5º C acima da média do
mesmo período entre 1961 e 1990, o que deve levar o ano passado a ser o oitavo
ou nono mais quente desde 1850.
Árvore após incêndio florestal que atinge parte da
Austrália,
que vive uma forte onda de calor
|
Poderia ter sido pior, mas o ano começou com a presença do
fenômeno climático La Niña, que provoca um resfriamento anormal no oceano
Pacífico tropical. A média de temperatura registrada nos três primeiros meses
do ano foi a menor desde 1997.
Marengo destaca a onda de calor que atingiu o Sudeste e o
Centro-Oeste do Brasil entre 28 e 31 de outubro como um dos evento mais
surpreendentes de 2012. A temperatura na capital paulista chegou a 36,6º C no
dia 30. "Essas temperaturas não são esperadas na primavera."
No plano mundial, segundo o pesquisador, o efeito do furacão
Sandy sobre a cidade de Nova York no fim de outubro foi bastante marcante.
"Em um país que está tão preparado para as mudanças
climáticas, com sistemas de alarmes e abrigos, o furacão parou sua cidade mais
importante. Isso mostra que ninguém está preparado para um evento
extremo."
AQUECIMENTO GLOBAL
Para Baddour, o aumento da frequência dos eventos extremos é
um sinal de que a mudança climática não virá só na forma de aumento das
temperaturas e sim como anomalias intensas e desagradáveis.
Mas, segundo Marengo, é difícil dizer qual é o peso da
atividade humana nesses acontecimentos.
"O que é possível dizer hoje é que existe um componente
humano nos eventos climáticos. O que não foi demonstrado ainda é o tamanho
desse impacto".
Para este ano, o pesquisador espera anomalias de temperatura
nos chamados meses de intervalo, como maio e outubro. "No ano passado
tivemos um maio muito frio e uma onda incrível de calor em outubro."
segunda-feira, janeiro 14, 2013
Bem Mais que "Apenas" Futebol - Futebol Business
Esse site é pra quem acha que além de ser o esporte mais popular do país e do mundo, entende esse esporte como um grande máquina que movimenta milhões.
clique na imagem e visite o site.
Sistema elétrico brasileiro depende cada vez mais das condições climáticas
Desde 2001, novas usinas e linhas de transmissão foram
construídas, mas País perdeu capacidade de armazenamento de água
O traumático racionamento ocorrido em 2001 ensinou algumas
lições importantes para o Brasil. De lá pra cá, a capacidade do parque gerador
brasileiro - que vivia sob intensa paralisia - cresceu 56%, e o sistema de
transmissão, um dos principais vilões do contingenciamento ocorrido naquele
ano, avançou 54%. Mas, apesar dos investimentos feitos e do incremento de novas
fontes de energia na matriz elétrica, o sistema nacional está cada dia mais
vulnerável e sujeito ao humor de São Pedro.
No ano passado, embora o crescimento da economia tenha decepcionado e a seca
que atingiu o País não esteja entre as piores da história, o nível dos
reservatórios caiu mais rápido que o previsto. Com as represas em baixa e
chuvas ainda escassas, o risco de um novo racionamento voltou a rondar a vida
dos brasileiros, apesar de o governo federal afirmar que vai garantir o
abastecimento com a operação das térmicas - em 2001, essas usinas praticamente
não existiam.
Um dos principais motivos da maior fragilidade do sistema nacional está nas
restrições para construir hidrelétricas com reservatório. Por questões ambientais,
as grandes usinas que estão sendo construídas Brasil afora são a fio d'água e
não têm represa para guardar água, a exemplo das Hidrelétricas de Belo Monte,
Jirau e Santo Antônio. Isso significa que o País está perdendo capacidade de
poupança para suportar períodos com hidrologia desfavorável, como agora.
"Temos de contar com a natureza", diz o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz
Pinguelli Rosa.
Limites. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que
em 2001 a capacidade dos reservatórios era suficiente para seis meses de carga
de energia de todo o sistema interligado nacional. Em 2009, o volume tinha
caído para cinco meses. E, em 2019, será suficiente para apenas três meses.
Portanto, o fato de o País escapar de um racionamento agora não elimina os
riscos no próximo ano. Se não chover bastante até o fim do período úmido, os
reservatórios vão terminar 2013 piores do que em 2012. Foi assim que ocorreu o
racionamento de 2001. No fim de 1999, choveu pouco e os reservatórios caíram
bastante. No início de 2000, as chuvas conseguiram recuperar o volume de
armazenamento, mas não foi o suficiente para evitar o contingenciamento no ano seguinte,
quando as chuvas minguaram novamente.
As usinas a fio d'água tendem a agravar a dependência climática. Além da falta
de reservatório, as hidrelétricas do Norte ainda sofrem de outro mal: a forte
variação do volume de água no período seco e no período úmido. No Rio Xingu,
por exemplo, onde está sendo construída Belo Monte, a diferença é de 25 vezes.
Em Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, é de 11 vezes. No Sudeste, de apenas
5 vezes.
"Com a entrada em operação das novas hidrelétricas, a operação do sistema
vai virar um inferno", diz o consultor Mario Veiga, presidente da PSR
Consultoria. Segundo ele, os prejuízos desse modelo são enormes, já que afetam
outras fontes de energia, como a viabilidade das eólicas. Um reservatório tem
capacidade de armazenar tanto água como vento. Se num determinado período está
ventando muito, o operador pode diminuir a produção da hidrelétrica, guardar
água e atender à demanda com as eólicas.
Sem represa, no entanto, o operador precisa de outras garantias, já que as eólicas
também são dependentes das condições climáticas. "Pior: quando não venta o
calor aumenta. Por um lado a geração de energia diminui e, por outro, o consumo
sobe", destaca a coordenadora do Núcleo de Energia do FGV in company,
Gorete Pereira Paulo.
Equilíbrio. Na opinião dela, o País precisa apostar mais na energia
térmica para dar segurança ao sistema. Quanto mais usinas a fio d'água forem
construídas, maior a necessidade de termoelétricas para garantir o
abastecimento em momentos de instabilidade climática. Dois outros especialistas
também defendem maior participação das usinas na matriz brasileira.
Roberto Pereira D'Araújo e Luiz Pinguelli Rosa acreditam que a situação atual
poderia ter sido evitada se as térmicas tivessem entrado em operação mais cedo.
"Hoje 70% da capacidade de geração é hidráulica, mas as usinas geram 90%
da energia do País. As térmicas representam mais de 20% do parque gerador, mas
produzem apenas 10%. Isso precisa mudar", diz D'Araújo.
O professor da Coppead, Nivalde Castro, vai além: algumas térmicas precisariam
gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades.
Ficam paradas à espera de um chamado do ONS. "A quantidade de água nos
reservatórios não é mais suficiente para atender ao período seco. O governo
terá de fazer leilões por fonte, por região e numa forma de contrato diferente
da atual."
Apesar dos prejuízos e dos transtornos que virão, poucos
acreditam numa reversão do atual modelo das hidrelétricas por causa da pressão
ambiental. Foi uma escolha que diminui os impactos ambientais, especialmente na
Região Norte, mas aumenta a instabilidade do sistema e também pode aumentar o
custo da energia, com a necessidade de mais térmicas. "Ninguém quer
construir hidrelétricas a qualquer custo. Mas também não podem proibir a
qualquer custo", diz Mario Veiga.
domingo, janeiro 13, 2013
“Ele poderia ter sido só mais um Pedro…”
Escrito por Rodrigo
Pereira
Pedro Paulo de Oliveira, ou somente Pedrinho. Criado nas
quadras de São Januário desde os 6 anos de idade e promovido ao elenco
principal em 1995 se despede, enfim, das quatro linhas. Foram 5 anos integrando
o time profissional até sua primeira saída e uma lista de títulos sem fim,
dentre eles a inesquecível Libertadores da América de 1998 e a virada do século
na Mercosul de 2000.
Pedrinho ficou eternizado por grandes passes, dribles e gols
importantes. Revelado como promessa de um grande craque, conseguiu corresponder
às expectativas. Marcado por humilhar os rivais, Pedrinho calou muitas vezes a
torcida do nosso maior rival. Quis o destino que sua carreira fosse
interrompida por diversas contusões, dentre elas algumas na qual colocava em
dúvida a permanência da jovem promessa de São Januário nos campos. Predestinado
a ser um vencedor, passou por cima de todas as lesões e deu continuidade ao que
de melhor fez durante sua carreira de jogador, dar alegria ao torcedor
Vascaíno.
Sua carreira ficou marcada por alguns episódios que estão
eternizados no mundo do futebol. Em meio a uma final de Taça Guanabara,
Pedrinho fez parte de um chocolate que não é esquecido até hoje. Além do título
em cima dos rubros negros, essa final ficou marcada pela ousadia e provocação
de Pedrinho. O gol que fechou a goleada surgiu depois de uma caneta humilhante
no zagueiro Flamenguista, resultando em um pênalti que o próprio Pedrinho
cobrou e comemorou com um pedido de silencio aos poucos que ali ainda
permaneciam. O título já estava decidido, foi então que a estrela Vascaína
levantou a bola e caprichosamente percorreu pelo gramado do Maracanã
equilibrando a bola durante as perfeitas embaixadinhas. O delírio tomou conta.
Se de um lado os Vascaínos gozavam daquele show, do outro lado à fúria era
vista no rosto de poucos torcedores que ficaram até o fim.
Pedrinho… Era bonito de se ver. Vascaíno como nós, honrou
cada minuto a Cruz de Malta. Jogou ao lado de grandes ídolos como Edmundo,
Felipe e Juninho Pernambucano. Fez parte de um dos maiores times que a Colina
histórica já viu. Unanimidade entre os torcedores do Vasco. Nome certo a ser
cantado pela imensa torcida bem feliz a cada jogo do Vasco em São Januário no
fim dos anos 90.
Por ironia do destino Pedrinho retornou ao Vasco no pior ano
de sua história. Quis os deuses do futebol que suas lágrimas fossem derramadas
juntas com as nossas. Momento que até hoje não sai da cabeça de nenhum
Vascaíno. Isolado, sem chão, Pedrinho chorou como um bom e velho Vascaíno ao
ver o Gigante se ajoelhar. Sorriu quando sorrimos, chorou quando choramos.
Contudo, são detalhes, são infinitas as alegrias que esse grande jogador que
foi revelado na nossa casa nos deu.
Felizes são aqueles que apreciaram esse garoto que cresceu e
está dando adeus do futebol no mesmo local que começou. Todo Vascaíno tem
direito por natureza de se orgulhar desse ídolo. Todo Vascaíno merece ver o
Pedrinho mais uma vez em campo com a camisa do Vasco, nem que seja a ultima
vez. Um ídolo que o futebol nos trouxe para nossas vidas, uma história de
superação, um gênio, um craque. Pedrinho, ou simplesmente, um ídolo para todas
as gerações. Dia 13 de Janeiro de 2013, o dia que promete ficar pra sempre no
coração de cada um de nós Vascaínos, inclusive no do próprio Pedrinho.
Como se calcula a sensação térmica?
Três variáveis determinam a sensação térmica: umidade do ar, velocidade do vento e temperatura real.
Há diversas fórmulas e tabelas padronizadas que facilitam a medição. "As
pessoas não se importavam tanto com ela, pois nem sabiam que fazia diferença no
dia a dia. Hoje, o interesse sobre a sensação térmica vem aumentando", diz Márcia
Seabra, meteorologista-chefe da Seção de Previsão do Tempo do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet). A sensação térmica, afinal de contas, vale mais no nosso
cotidiano do que aquilo que o termômetro marca. Aliás, a temperatura real
propriamente dita só é calculada em um abrigo especial, isolado do Sol e do vento.
Longe do bafo quente da rua e das rajadas de ar frio. Longe
da realidade.
Relatividade do termômetro
Veja a influência do vento e da umidade do ar
SOPRO GELADO
Um grande culpado por você bater queixo enquanto o termômetro da praça (quando
está funcionando, claro) marca amenos 22ºC é o vento. Ele faz a sensação
térmica despencar porque é capaz de retirar calor dos corpos. O princípio é o
mesmo que assoprar uma xícara de café para que ela esfrie mais rápido.
BAFO INFERNAL
Quando 30ºC parecem transportar você para um forno, a vilã é a umidade. Nos
dias mais úmidos, a sensação de calor aumenta. Isso acontece porque a
evaporação do suor, que resfria o corpo, diminui. Com esse mecanismo de
regulação térmica natural em baixa, sentimos que, além de quente, o dia está
abafado.
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