Pedro Paulo de Oliveira, ou somente Pedrinho. Criado nas
quadras de São Januário desde os 6 anos de idade e promovido ao elenco
principal em 1995 se despede, enfim, das quatro linhas. Foram 5 anos integrando
o time profissional até sua primeira saída e uma lista de títulos sem fim,
dentre eles a inesquecível Libertadores da América de 1998 e a virada do século
na Mercosul de 2000.
Pedrinho ficou eternizado por grandes passes, dribles e gols
importantes. Revelado como promessa de um grande craque, conseguiu corresponder
às expectativas. Marcado por humilhar os rivais, Pedrinho calou muitas vezes a
torcida do nosso maior rival. Quis o destino que sua carreira fosse
interrompida por diversas contusões, dentre elas algumas na qual colocava em
dúvida a permanência da jovem promessa de São Januário nos campos. Predestinado
a ser um vencedor, passou por cima de todas as lesões e deu continuidade ao que
de melhor fez durante sua carreira de jogador, dar alegria ao torcedor
Vascaíno.
Sua carreira ficou marcada por alguns episódios que estão
eternizados no mundo do futebol. Em meio a uma final de Taça Guanabara,
Pedrinho fez parte de um chocolate que não é esquecido até hoje. Além do título
em cima dos rubros negros, essa final ficou marcada pela ousadia e provocação
de Pedrinho. O gol que fechou a goleada surgiu depois de uma caneta humilhante
no zagueiro Flamenguista, resultando em um pênalti que o próprio Pedrinho
cobrou e comemorou com um pedido de silencio aos poucos que ali ainda
permaneciam. O título já estava decidido, foi então que a estrela Vascaína
levantou a bola e caprichosamente percorreu pelo gramado do Maracanã
equilibrando a bola durante as perfeitas embaixadinhas. O delírio tomou conta.
Se de um lado os Vascaínos gozavam daquele show, do outro lado à fúria era
vista no rosto de poucos torcedores que ficaram até o fim.
Pedrinho… Era bonito de se ver. Vascaíno como nós, honrou
cada minuto a Cruz de Malta. Jogou ao lado de grandes ídolos como Edmundo,
Felipe e Juninho Pernambucano. Fez parte de um dos maiores times que a Colina
histórica já viu. Unanimidade entre os torcedores do Vasco. Nome certo a ser
cantado pela imensa torcida bem feliz a cada jogo do Vasco em São Januário no
fim dos anos 90.
Por ironia do destino Pedrinho retornou ao Vasco no pior ano
de sua história. Quis os deuses do futebol que suas lágrimas fossem derramadas
juntas com as nossas. Momento que até hoje não sai da cabeça de nenhum
Vascaíno. Isolado, sem chão, Pedrinho chorou como um bom e velho Vascaíno ao
ver o Gigante se ajoelhar. Sorriu quando sorrimos, chorou quando choramos.
Contudo, são detalhes, são infinitas as alegrias que esse grande jogador que
foi revelado na nossa casa nos deu.
Felizes são aqueles que apreciaram esse garoto que cresceu e
está dando adeus do futebol no mesmo local que começou. Todo Vascaíno tem
direito por natureza de se orgulhar desse ídolo. Todo Vascaíno merece ver o
Pedrinho mais uma vez em campo com a camisa do Vasco, nem que seja a ultima
vez. Um ídolo que o futebol nos trouxe para nossas vidas, uma história de
superação, um gênio, um craque. Pedrinho, ou simplesmente, um ídolo para todas
as gerações. Dia 13 de Janeiro de 2013, o dia que promete ficar pra sempre no
coração de cada um de nós Vascaínos, inclusive no do próprio Pedrinho.
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