Acabou o jogo, Argentina 1x0 Irã, gol de Messi e, alívio hermano...
Em Buenos Aires, o sentimento que cerca esse jogo, não envolve apenas aquilo que acontece dentro das quatro linhas.
A Argentina com a maior população de Judeus da América Latina, aproximadamente 200 mil, em 1994 foi palco de um atentado terrorista. Em 18 de outubro um carro bomba explodiu junto a Associação
Mutual Argentina-israelense (AMIA) em um dos maiores ataques terroristas em solo argentino, matando 85 pessoas e deixando 300 feridos.
Monumento às vítimas do atentado colocado como protesto na frente ao palácio da justiça da cidade de Buenos Aires |
Em 25 outubro de 2006, do Ministério Público e
Marcelo Martinez Alberto Nisman Burgos acusou formalmente o governo iraniano de
planejamento para atacar o Hezbollah e executa-lo. De
acordo com a investigação do Ministério Público, a Argentina foi escolhida
como alvo de ataque após a decisão do governo argentino de suspender um acordo
de transferência de tecnologia nuclear para o Irã. Desde então os dois países travam uma disputa em torno da extradição dos acusados iranianos para serem julgados pela justiça argentina.
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Bandeira que recorda os 6 milhões de mortos no Holocausto somados aos mortos nos atentados à AMIA e à embaixada Israelense em Buenos Aires. |
Em 2013 foi firmada uma Comissão da Verdade entre os Governos dos dois países, contudo, foi rejeitada pelas organizações judaicas por julgá-la inconstitucional, uma feria a soberania argentina, caráter confirmado pelo Tribunal Federal argentino.
Para completar o enredo, ainda em 2013, dois suspeitos iranianos
acusados de planejar o atentado contra a AMIA, Mohsen Rezaie e Ali Akbar
Velayati, foram anunciados como candidatos para as eleições presidenciais
iranianas.
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