segunda-feira, fevereiro 18, 2013
sábado, fevereiro 16, 2013
Vale mais que mil palavras...
O World Press Photo é o principal premio da fotografia mundial. Em sua 56ª edição, premiou o fotógrafo sueco Paul Hansen por imagem que mostra o desespero de um grupo de homens palestinos carregando os
corpos de duas crianças na Faixa de Gaza. A foto de Hansen chamou a atenção dos
jurados pela forma como o profissional captou a tragédia.
Veja algumas fotos premiadas em anos anteriores
|
sexta-feira, fevereiro 15, 2013
Impacto Profundo? E a galera dizia UHHH...
Asteroide de 45 m de diâmetro passa 'de raspão' hoje pela Terra
Viajando a 28.100 km/h, um asteroide com 45 metros de
diâmetro passa hoje de raspão pela Terra. Em sua aproximação máxima, ele estará
mais perto de nós que os satélites usados para telecomunicações. Mas não há
risco de colisão. Ufa.
Descoberto no ano passado, o pedregulho batizado de 2012
DA14 é o último --e mais contundente-- dos alertas de que asteroides oferecem
risco real ao futuro da civilização (deixando no chinelo crises hipotecárias
americanas).
Em seu sobrevoo da Terra, ele passará a apenas 27.680 km da
ilha de Sumatra, na Indonésia, às 17h24 (de Brasília). Apesar da proximidade,
ele é tão discreto que não poderá ser visto a olho nu.
No Brasil, à luz do dia, nem com a ajuda de instrumentos
será possível vê-lo.
Nunca um asteroide desse porte --capaz de causar estragos--
foi monitorado passando tão perto da Terra. Isso dará aos astrônomos uma
oportunidade única de estudá-lo.
Para esse fim, o principal instrumento é o radar, que
permite um mapeamento de sua superfície durante a fase de maior aproximação do
objeto, que tem a largura de meio campo de futebol.
EVENTO TUNGUSKA
Embora asteroides com esse tamanho sejam incapazes de
provocar extinção em nível planetário (o bólido que matou os dinossauros 65
milhões de anos atrás tinha cerca de 10 km de diâmetro), o estrago em caso de
colisão pode ser grande.
Um exemplo disso foi o episódio ocorrido em Tunguska, na
Sibéria, em 1908. Um fenômeno equivalente à detonação de uma arma nuclear na
atmosfera provocou uma onda de choque que achatou 2.000 km2 de floresta.
Acredita-se hoje que tenha sido um asteroide de cerca de 60
metros de diâmetro, que nem chegou a colidir com o chão, mas se quebrou no
atrito com a atmosfera terrestre.
Ao lado, a possível cratera aberta em Tunguska, Sibéria em 1908
Caso o 2012 DA14 estivesse destinado a trombar com o
planeta, faria estrago similar. Se a colisão ocorresse numa região habitada,
seria uma catástrofe sem precedentes. Mesmo caindo no oceano, seria um
problema.
"Nesse caso, só correr para as montanhas", afirma
Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba),
em São José dos Campos. Seria a única maneira de fugir do tsunami resultante.
Com sorte, no caso do 2012 DA14, como o objeto foi
descoberto há um ano, caso houvesse perigo de colisão, daria para tentar
evacuar as regiões ameaçadas. "Mas imagine o caos", diz Barbosa.
Pesquisadores da Nasa estimam que uma colisão desse tipo
aconteça em média a cada 1.200 anos. Como a última foi há pouco mais de cem
anos, o risco de outra tão já é baixo. Mas não dá para descartar.
O mais interessante, contudo, é que uma aproximação desse
tipo, sem pancada, é bem mais comum --uma a cada 40 anos.
Por isso as empresas que ultimamente andaram revelando seus
planos de mineração de asteroides ficaram especialmente animadas com essa
passagem.
RIQUEZAS
A companhia Deep Space Industries estimou o valor do
pedregulho 2012 DA14 em cerca de US$ 195 bilhões, contando metais preciosos e
água (que vale pouco na Terra, mas muito no espaço).
O único problema é que esse asteroide em particular está
numa trajetória que dificultaria sua "perseguição" por naves
mineradoras.
"Embora o visitante desta semana não esteja na direção
certa para que o exploremos, haverá outros que estarão, e queremos estar
prontos quando eles chegarem", disse, em comunicado, Rick Tumlinson, chefe
do conselho da empresa.
E QUAL É DIFERENÇA ENTRE METEORO E METEORITO?
E QUAL É DIFERENÇA ENTRE METEORO E METEORITO?
quinta-feira, fevereiro 14, 2013
Vento ultrapassa nucleares na China
Deu no blog do Al Gore
O governo chinês tem feito grandes investimentos em
tecnologia de energia renovável ao longo dos últimos anos. Agora, um grupo de
relatórios afirma que a energia eólica gera mais eletricidade do que nuclear. Mais em OilPrice.com:
"De acordo com dados do Wind China Energy Association
(CWEA), a capacidade de produção de energia eólica já ultrapassou a energia nuclear tornando-se a terceira maior fonte de eletricidade na China, depois do carvão, e
grandes usinas hidrelétricas".
"Em 2012, a geração de energia eólica totalizou 100,4
bilhões de quilowatts/hora, um aumento de 0,5% em relação aos anos anteriores,
e suficiente para ultrapassar a geração de energia nuclear no mesmo período."
"Capacidade de produzir energia eólica tem crescido rapidamente
nos últimos anos, alimentada por ambiciosas metas de energia renovável, e apoio
do governo. Até o final de 2012 a China
tinha 60.83 GW de capacidade instalada, e as metas visam um total de 100 GW
por o final de 2015. "
Revolução energética já é realidade
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9PYXT9qbMr9x698oR4-UWgfjBcGgZUJIYRDsQ-YBcTumJwjqTBhg3aC3pBmMFsJ-6D2G3qSWyAzbe4jE8b1fJEftfOeNynA8qr8is5-zVLCyGJuVCo99hWWc2eHwJBW-f4GGwAg/s200/Energia+renov%C3%A1vel2.jpg)
Do outro lado do Oceano Atlântico, no velho continente, os espanhóis iniciaram
o ano batendo um novo recorde de produção de energia eólica (em 16/1) com mais
de 345 mil MWh em um único dia. De acordo com as autoridades locais, a marca
equivale a quase 40% de toda geração de energia no país naquela data, incluindo
todas as demais fontes renováveis, nuclear e fósseis. O vento dominou a matriz
energética durante mais de dez horas, superando neste período os 14 mil
MW.
Na Austrália, maior exportador mundial de carvão (onde este recurso é
abundante), a produção de energia eólica já se tornou mais barata que a gerada
por termelétricas a carvão ou gás. Segundo o diretor da Bloomberg New Energy
Finance (BNEF), Michael Liebreich “a energia limpa é um agente de transformação
que promete virar de cabeça para baixo a economia dos sistemas de
energia”.
Outro
país que também festejou muito os resultados de 2012 foi a Alemanha. No ano
passado, o país registrou um aumento de 45% na produção de energia solar,
recorde histórico. Graças à instalação de mais 1,3 milhão de sistemas
fotovoltaicos, 8 milhões de residências foram abastecidas com energia solar
naquele país. O diretor da Associação da Indústria Solar da Alemanha afirmou
que os investimentos no setor quadruplicaram nos últimos três anos. Com a
produção em escala, o preço das placas fotovoltaicas caiu pela metade. Merece
registro o fato de que a Alemanha é um país com muito menos radiação solar do
que o Brasil.
Falando em Brasil, avançamos na expansão da energia eólica em nossa matriz
energética (o número de pessoas beneficiadas pela energia do vento no país é de
aproximadamente 12 milhões) e no crescimento dos coletores solares para aquecer
a água do banho (já são mais de 2,5 milhões de coletores instalados). Mas não
há ainda política definida para a produção de energia elétrica a partir do sol.
Fala-se abertamente no governo na inclusão das térmicas a óleo, carvão e gás
(hoje acionadas apenas em períodos de forte estiagem) na matriz energética.
Também se discute a construção de novas usinas nucleares, a exploração do gás
de xisto e, por fim, a construção de novas hidrelétricas em áreas de floresta
na Amazônia.
Se
temos em nosso favor o privilégio de poder realizar escolhas (na maioria dos
países o cardápio de opções energéticas é bem mais restrito que aqui), importa
agir com inteligência, visão de longo prazo, e considerar as novas diretrizes
que regem os investimentos globaisem energia. Emresumo: fontes fósseis (ainda
muito importantes e prevalentes no mundo) perdem progressivamente prestígio e
importância (o Brasil do pré-sal é uma das exceções). E pela velocidade com que
os países desenvolvidos investem em inovação tecnológica na direção de fontes
mais limpas, a “descarbonização” da matriz energética parece ser o norte
magnético da bússola. Certo é que as escolhas que o Brasil fizer nos próximos
anos serão determinantes para a maior ou menor inteligência de todo o sistema
elétrico do país para além do século XXI.
Bem mais que apenas ... CARNAVAL?
Quarta-feira de cinzas e é festa em Vila Isabel.
Berço do samba, das calçadas por onde viveu Noel Rosa e hoje estão gravadas suas músicas, desde as 17h canta pelo título do carnaval carioca. Contudo, quando vemos um desfile, não podemos deixar de enxergar ali uma indústria que consome e produz milhões.
É cada vez mais comum vermos grandes corporações como patrocinadoras (as vezes nem tão claras) por traz dessa grande festa, exigindo que os temas sejam trabalhados conforme sua ótica. Fica claro que a expansão do capitalismo monopolista no carnaval não
é mais tendência, é uma realidade.
Hoje me deparei com o texto enviado por um colega no Facebook.
Movimentos sociais elogiam samba da Vila Isabel e questionam patrocínio da Basf
Organizações, movimentos sociais e pesquisadores, que
integram a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, entregaram
anteontem (29) uma carta à vice-presidente da Unidos de Vila Isabel,
Elizabeth Aquino. O documento elogia a escola pelo samba enredo “A Vila canta o
Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um”, composto por Rosa
Magalhães, Alex Varela e Martinho da Vila, que enaltece a agricultura familiar.
A carta também critica o patrocínio da empresa alemã Basf, uma das maiores
fabricantes de agrotóxicos do mundo, devido à associação da imagem do grupo com
a biodiversidade.
Embora muitos ignorem, o patrocínio é uma ferramenta sem precedentes que acaba levando as marcas, e suas práticas, ao nosso convívio promovendo um consumo indireto das mesmas |
Ao entregar a carta, Marcelo Durão, da direção do Movimento
dos trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou que muito do que a escola está
colocando é o reconhecimento da pequena agricultura. Os movimentos, nesse
sentido, querem colocar uma faixa da campanha transmitindo solidariedade à
escola. O local ainda será definido, e ficou a sugestão da própria sede da
agremiação.
“Um agradecimento e reconhecimento da pequena agricultura
que a escola está levando para avenida, mas temos um posicionamento crítico que
está escrito na carta. Enquanto representante dos movimentos organizados do
campo, saúdo o reconhecimento da Vila Isabel da importância do pequeno
agricultor para a produção de alimentos. Vamos mandar a frase antes, a nossa
ideia é valorizar o reconhecimento que a escola deu para o campesinato.
Não
queremos arrumar nenhum problema para escola”, destacou Durão.
Reconhecendo desde o início a questão da ajuda da Basf,
Elizabeth Aquino disse que não há problema mas haverá uma avaliação do conteúdo
pois “não é a praia da escola tomar partido”. Ela destacou que em 2008 o enredo
da Vila foi “Trabalhadores do Brasil”, e com o destaque da ala dos homens do
campo desde então essa temática foi escolhida para entrar na Marquês de
Sapucaí.
“Já tinha essa ideia, e com a ajuda do patrocínio da Basf
ficou viável. A parte da empresa que está nos ajudando é a do agronegócio
mesmo, então todos nós sabemos que são usados agrotóxicos e inseticidas, que
pode não fazer algum bem por um lado e por outro tem que haver. Só que nós não
temos nada com isso. O carnaval é extremamente competitivo, somente com o
repasse da prefeitura nenhuma agremiação faz o carnaval. É preciso buscar
outros recursos. Se a Basf é prejudicial, como a Bayer e outras tantas, cabe às
autoridades fechá-la. Não vai ser uma escola de samba que vai conseguir isso”,
observou.
Animais, espantalhos, natureza, dentre outros elementos que
compõem a biodiversidade, serão retratados nas alegorias e fantasias da escola,
que apresentará seu enredo no dia 11 de fevereiro. O homem do campo será
representado de forma lúdica, sem a imagem dos grandes agricultores e
“maquinário agrícola top de linha”, complementou a vice presidente. Segundo
ela, de acordo com o regulamento da Liesa (Liga Independente das Escolas de
Samba do Rio de Janeiro) não é permitida a utilização de merchandisign, então
não haverá nenhuma menção à Basf durante o desfile. Beth, como é chamada, não
quis revelar o valor do apoio, alegando se tratar de uma prerrogativa do
presidente.
A empresa, por sua vez, também não informou o valor do
patrocínio. Segundo a assessoria, não tiveram “a confirmação de que a Vila
Isabel recebeu qualquer carta de um movimento social a respeito da parceria da
Basf, por isso não temos o que afirmar a respeito”. Em nota, eles enviaram um
posicionamento que destaca, entre outras coisas, que a parceria é mais uma ação
que sustenta a estratégia de negócio da Basf.
“Tal iniciativa é parte integrante da estratégia da Unidade
de Proteção de Cultivos na América do Sul, cujo foco principal é a valorização
do produtor rural e sua atividade, iniciada em 2009 com uma campanha multimídia
de valorização da agricultura nacional intitulada ‘O Planeta Faminto e a
Agricultura Brasileira’. Desde então, a Basf tem desenvolvido iniciativas que
conscientizem a sociedade sobre a importância da agricultura e também sobre o
papel do agricultor não somente para a economia do País, mas também para o dia
a dia de todos”, informa a nota.
Um dos autores do samba enredo e talvez o músico mais
respeitado pela Unidos da Vila Isabel, Martinho da Vila, segundo sua assessora,
se incomodou em função da sua militância com o fato de a escola homenagear os
agricultores com apoio do agronegócio. Nesse sentido, o cantor propôs
acrescentar a expressão “reforma agrária” na letra da música, mas como o tema é
polêmico só consentiram em colocar a palavra “partilhar”, informou sua
assessora.
Saúde e biodiversidade não combinam com agrotóxico
Em destaque aos casos de cânceres causados pelo consumo e
manejo de agrotóxicos, apontados por diversas pesquisas, Sueli Couto, do
Instituto Nacional do Câncer (Inca), lembrou que 40% dos cânceres são passíveis
de prevenção. Em sua opinião, é necessário promover a alimentação saudável, que
vem da agricultura familiar, responsável pela produção de 70% dos alimentos que
chegam às mesas dos brasileiros, de acordo com os dados do Censo Agropecuário
do IBGE de 2006.
“Precisamos usar mais esses canais para promover coisas
saudáveis. As pessoas precisam entender que os alimentos não vêm do
supermercado, porque principalmente as crianças acham que o alimento está
empacotado. Precisamos valorizar esse homem que não tem feriado, e de sol a sol
ele vai colocar nossa comida na mesa. Os urbanos não reconhecem isso. E é
importante que a população possa ter uma alimentação segura”, alertou.
Para contextualizar o que a Basf representa em termos de
saúde pública, André Burino, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
(EPSJV-Fiocruz), explicou que o que une os movimentos na entrega dessa carta é
a Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida, pois o Brasil é o
maior consumidor de “venenos agrícolas” desde 2008.
“Seis grandes multinacionais do planeta dominam o mercado
mundial de agrotóxicos e sementes transgênicas, e a Basf é uma delas.
Reconhecemos o samba com a maior sinceridade, porque a gente vê muito pouco
espaço na mídia para reconhecer esse agricultor. Entendemos as necessidades do
que se tornou algo muito competitivo entre as escolas, mas a empresa vai querer
tirar seu proveito para tentar criar uma imagem indireta de que a Basf combina
com biodiversidade. Porque toda a escola virá representando a biodiversidade,
só que o agrotóxico não combina com a biodiversidade. Óbvio que os
patrocinadores vão tirar proveito disso”, criticou.
Não tem nada com mais visibilidade que o carnaval, uma festa
grandiosa internacional, reconheceu a vice presidente da escola. Ela reforçou,
no entanto, que há uma liberdade poética do artista para o tema em sua
representação e a Vila não fará apologia à empresa. Ressaltou ainda outros
trabalhos oferecidos pela Unidos de Vila Isabel à comunidade local na área
social, cultural, odontológica, dentre outras, graças a outros patrocínios,
como o da Petrobras e o do supermercado Extra.
A carta entregue pelos três integrantes da Campanha
Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida ressalta, dentre outras
observações, que: “... a Vila Isabel está sendo usada pelo agronegócio
brasileiro para promover sua imagem, manchada pelo veneno, pelo trabalho
escravo, pelo desmatamento, pela contaminação das águas do país e por tantos
outros problemas. O agronegócio, que não pinga uma “gota de suor na enxada”,
nem “partilha, nem protege e muito menos abençoa a terra”, quer se apropriar da
imagem dos camponeses e da agricultura familiar, retratada no samba enredo de
2013, para continuar lucrando às custas do envenenamento do povo brasileiro”.
quinta-feira, fevereiro 07, 2013
#VEMSEANPENN
Um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só.
Um sonho que se sonha junto é realidade.
Raul Seixas
#VEMSEANPENN
O Mundo como Quintal...
A família que cabe numa Kombi
Jason,
Angela e Bode no Rio, após três anos e 80 mil quilômetros na estrada. Eles largaram os confortos do “american way of life” para viver dentro da Kombi Westfalia ano 1971 |
Antes de apagar as quatro velinhas do bolo, o filho fez o
pedido: “Queria passar mais tempo com meu pai”... E o que poderia virar tema de
um livro de auto-ajuda bem piegas se tornou uma aventura internacional.
Jason Rehm é o pai que vivia ocupado com o trabalho,
hipertenso e em crise de meia idade. Angela, a mãe com cabeça aberta,
companheira de muito tempo. E Bode (o nome é esse mesmo) é o garoto que
inspirou toda essa história ao ter seu desejo atendido.
Em agosto de 2009 eles largaram uma rotina com os
tradicionais confortos da vida moderna na cidade de Alameda, na Califórnia,
para se dedicar a uma viagem de 12 meses a bordo de uma Kombi fabricada em
1971. Mas eis que, três anos e meio após a partida, a família continua na
estrada.
Devagar e sempre
Saíram dos EUA, subiram para o Canadá e, depois, desceram
pelo México. Daí tomaram — lentamente, claro — o rumo da América do Sul. Há
duas semanas chegaram ao Rio para passar uns dias. Onde vão parar? Nem eles
sabem...
— Quando completamos o ano previsto inicialmente, estávamos
na Costa Rica. Na dúvida sobre o que fazer, resolvemos continuar — conta Jason,
um engenheiro com especialização em foguetes.
O mais difícil foi tomar a decisão de desatar os laços com a
rotina e partir. Como o menino só entraria na escola no ano seguinte, pareceu o
momento certo.
— Há muita gente que espera a aposentadoria para viajar.
Mas, aos 65 anos, a disposição já não é mais a mesma — pondera o aventureiro.
Entre a ideia inicial e a ida para a estrada, passou-se um
ano.
— O primeiro passo foi avisar a todo mundo que iríamos sair
em uma longa viagem. Assim não haveria como voltar atrás — explica Angela.
Os amigos deram força e ajudaram no que puderam, mas os pais
do casal acharam que era loucura.
Depois, chegou a hora de pedir demissão. O chefe não aceitou
e propôs um acordo: Jason passaria a ser uma espécie de consultor online,
fazendo seu trabalho no computador e enviando de onde estivesse. É a situação
perfeita, já que permite à família viajar com independência econômica, sem depender
de patrocinadores.
No ano de preparação, a Kombi Westfalia (modelo alemão com
teto móvel e equipada para camping) foi inteiramente restaurada. Todos os bens
que o casal tinha foram vendidos ou doados. E, assim, a família fugiu da
armadilha do “american way of life”: trabalhar cada vez mais para acumular
bens.
— Tudo o que temos hoje está dentro do carro e não sentimos
falta de nada do que possuíamos antes — jura Jason.
Bermuda, vestidinho de alça, sandálias de dedo... No estilo
de vestir, Jason e Angela estão mais para um casal de classe média carioca do
que para hippies clássicos. A vida deles também é quase normal e inclui rotinas
como acordar, trabalhar, dirigir, cozinhar. A diferença é que, a cada fim de
tarde eles têm que buscar um local para estacionar (geralmente um camping ou
uma praia). O quintal é o mundo.
Carro que abre portas
Jason é fanático por velhos Volkswagen. Sempre teve Fusca e
dirigia um Karmann-Ghia antes de embarcar na Kombi:
— Quando há algum problema iminente, esses carros dão sinais
bem óbvios e eu já sei o que está errado — diz.
Nesses 80 mil quilômetros, foram consumidos 16 amortecedores
e o motor teve que ser retificado uma vez. Há constantes probleminhas, mas
Jason consegue consertar tudo.
Um dia, no meio do Salar de Uyuni, nos cafundós da Bolívia,
a familia acordou e se viu no meio de um lago de água salgada. A fiação entrou
em curto, mas os conhecimentos do motorista foram suficientes para desenguiçar
o carro.
— Há um monte de gente viajando em motorhomes enormes ou
utilitários a diesel, como as Toyota Hilux. São veículos ótimos. A diferença é
que a Kombi chama a atenção por onde passa, abrindo sorrisos e portas — afirma
o viajante.
Outras vantagens do pão de fôrma da Volks são a mecânica
simples, a abundância de peças pela América do Sul e a valentia ao enfrentar
buracos na Nicarágua ou estradas de rípio na Patagônia.
Do abandono à glória
A casa rodante dos Rehm já foi um carro abandonado. Rebocado
pela polícia da cidade californiana de Oakland (vizinha a Alameda), passou nove
meses no depósito sem que alguém o reclamasse. Na falta de um dono, o veículo
foi leiloado. Saiu por US$ 800, estava um caco, mas tinha potencial: toda a
mobília original da Westfalia estava no lugar.
Na desmontagem para a restauração, foram descobertas
sementes de maconha.
— Imagino que essa Kombi era usada para vender drogas —
diverte-se Jason.
Depois, lanternagem completa, pintura, nova tenda e um motor
1.600 de dupla carburação zero-quilômetro. Assim, a casinha se tornou confiável
para qualquer viagem.
Quase todos os equipamentos da Kombi ainda são os mesmos que
saíram da fábrica de carrocerias Westfalia em 1971 (por coincidência, o ano de
nascimento de Jason e Angela). A mobília básica nos 7m² do interior inclui uma
cama de casal que vira banco e uma pequena cozinha.
Os únicos itens acrescentados foram uma cama para Bode, no
teto da Kombi, e uma geladeira Engel elétrica (a original tinha que ser
carregada com gelo). Sobre a capota, duas placas solares ajudam a alimentar
tanto a geladeira quanto o computador. Banheiro? Só em áreas de camping ou
postos de gasolina.
Uma curiosidade: até na cor a Westfalia da família
californiana é idêntica à que pertenceu ao escritor argentino Julio Cortázar e
sua companheira Carol Dunlop. Batizada de “Fafner, o dragão”, a Kombi levou o
casal de beletristas em uma viagem pela França e virou personagem do livro “Os
autonautas da cosmopista”, de 1982.
Se, antes, os parentes de Jason e Angela estavam
preocupados, três anos depois todos apoiam a ideia. A mãe da viajante, por
exemplo, pegou um avião e veio ao Rio encontrar o neto. Um blog permite que as
pessoas queridas saibam por onde anda o casal.
— No começo, se esforçaram para pôr medo na gente, mas o que
conhecemos do México até aqui foram povos abertos e receptivos, além de lugares
lindos — lembra Angela.
Na lista de melhores paradas, os aventureiros citam Zorritos
(Peru), Sucre (Bolívia) e Torres del Paine (Chile).
Bode ama essa vida em que cada dia é uma aventura. Em vez de
sala de aula, o menino aprende in loco: já visitou as ruínas de Machu Picchu,
viu a fauna das Ilhas Galápagos e da Patagônia, aprendeu espanhol em dois anos
pela América Latina e agora já arranha o português. Angela faz as vezes de
professora e baixa livros escolares pelo computador.
— A principal lição é de que exite um mundo fora dos Estados
Unidos — diz o pai.
Mas um garoto de oito anos não sente falta de amigos?
— Ele é muito social e acaba fazendo amizades por onde passa
— afirma a mãe.
Jason dirige a maior parte do tempo, mas Angela também pega
o volante. Vão sem pressa, a 80km/h. Levam um mapa todo rabiscado com os
possíveis destinos, mas nada é 100% planejado. Pode ser que, numa decisão de
momento, passem alguns dias em uma cidade não prevista em qualquer guia.
Daqui, a família sabe apenas que tomará o rumo Norte (até
Belém, de preferência pelo litoral) e que tem que sair do Brasil dentro de três
meses, quando vencem os vistos de permanência. Depois, tentarão embarcar a
Kombi em um navio “para a Europa, a Ásia ou a África”. Vago assim...
Até quando vai esta viagem?
— Continuaremos enquanto todo mundo estiver feliz — prevê
Jason.
segunda-feira, fevereiro 04, 2013
Crise econômica e degradação ambiental de mãos dadas...
Adaptado do Blog Planeta Urgente
Como a pobreza imposta à Grécia degrada o ambiente
Programas de austeridade do neoliberalismo estão provocando
o sofrimento de milhões de pessoas, que respondem pelo comportamento leviano do
setor financeiro, avalizado pelo sistema. A Grécia está sendo particularmente
atingida. Os níveis de poluição do ar caíram em 40% desde 2008, mas isto não é
algo para comemorar. Não é um resultado de políticas eficientes, e sim da
recessão.
Alguns ambientalistas consideram o fato um ganho. Mas o que
está acontecendo no país é um aumento maciço do smog, ou um nevoeiro
contaminado por fuligem. O problema é sério em cidades importantes como Atenas
e Salonica, mas vem sendo relatado em todo lugar, incluindo Ática e o
Peloponeso. E não se trata do smog verificado em dias quentes em cidades
do mundo desenvolvido, com seus carros.
É uma forma mais rude, uma volta no tempo. O povo está
queimando lenha como combustível doméstico, o que lembra a Londres de muitas
décadas atrás. Em Londres, a média de matéria particulada no ar caiu de cerca
de 160 microgramas por metro cúbico para menos de 20 entre 1961 a 1998. Na
Grécia, os níveis alcançam hoje 300 microgramas, o que é considerado perigoso
para a saúde humana pela Organização Mundial de Saúde.
Os efeitos são perversos, como comentou o analista grego
Nikos Konstandaras : “Esta nova praga parece ser democrática, no centro e no
subúrbio, sobre ricos e pobres, jovens e velhos, nativos e imigrantes… Mas o
verniz da universalidade é fino: mais uma vez são os pobres que sofrem mais.
Vivem em terras mais baixas, onde as toxinas se juntam, são forçados a queimar
o que encontrarem… Não têm recursos de mandar membros vulneráveis da família
para o campo.”
O governo grego estima que 13 mil toneladas de madeira foram
cortadas ilegalmente no ano passado. O país retorna ao ponto mais baixo da
chamada curva de Kuznetz. O economista teorizou que quando uma civilização
começa a usar seus recursos naturais, ela aumenta seu impacto sobre o ambiente
até um ponto em que a economia se torna mais eficiente e reduz este impacto.
Acontece nos países mais ricos. Mas não na Grécia.
O país ficou nas mãos da política de austeridade européia
quando descobriu, logo depois da crise global financeira, que não poderia pagar
sua dívida. Em troca de capital para salvar a situação, a Grécia concordou em
cortar seu deficit. E os impostos subiram – sobre a renda, a propriedade e
energia. Combinadas ao custo mais alto do petróleo, estas altas elevaram os
custos de aquecimento em mais de 40% no começo do mês mais frio no país,
janeiro.
O desemprego grego é o mais alto do mundo desenvolvido,
comenta The Atlantic. O PIB do país passa por sua pior contração em
tempos de paz de qualquer país não-comunista desde o século 19.
“A atmosfera nunca foi pior”, diz Marianna Filipopoulou, uma
antropóloga que viveu em Atenas por quatro anos. “Esta cada vez mais difícil de
respirar. Mesmo nossos olhos dóem por causa do smog.” Ela diz que a culpa não é
das famílias, mas da circunstância deplorável delas. “Nã há outro jeito, dada a
escassez de dinheiro.”
Apenas futebol...
PH Ganso e Santos F. C. travaram no ano passado uma queda de braço que culminou na transferência do jogador para o São Paulo.
Ontem Santos e São Paulo jogaram na Vila Belmiro com Ganso vestindo pela primeira vez a camisa tricolor contra seu antigo clube... maior polêmica, gritos de mercenário, moedinhas sendo arremessadas...
Antes da partida, um garoto, torcedor do Santos, se aproxima de Ganso para cumprimentá-lo... olha só o que ele fez...
domingo, fevereiro 03, 2013
Paperman
Indicado ao Oscar de melhor curta de animação (veja a lista completa), Paperman foi exibido aqui no Brasil antes do longa "Detona Ralph", eu e meu filho curtimos muito. Espero que vocês também curtam!
Um Sorriso Todo Dia - Sorriso 172
Marton é um daqueles caras que parecem estar sempre de bem
com vida, aqueles caras que
todo mundo gosta (menos o Tatá...), é daqueles que você sempre fala... "você tem que conhecer o Marton".
Além da simpatia, do papo tranquilo, da piada boa e do faro de gol... tem muito
talento com as palavras e faz 171 sorrisos que me divirto com os textos do seu blog UmSorriso Todo Dia.
Eis que chegou o meu dia, minha vez de ter o sorriso acompanhado dessa
legenda perfeita...
Valeu "Martão", golaço... nota 10 !
Estava tudo pensado, tramado, arrumadinho aqui na
cabeça.
Ai, aconteceu... Acidentes acontecem e não conseguia me
perdoar pelo descuido.
Já tinha pensado num texto bacana, falando de amizade que
surge do nada e aos poucos vai ganhando espaço.
Lembrei de um conto do Rubem Braga que fala sobre três
amigos na praia e ia até citar um trecho: "Éramos três animais já bem
maduros a entrar e sair água muito salgada, tendo prazer em estar ao sol. Três
bons animais em paz, sem malícia nem vaidade nenhuma(...)E tão sossegados e tão
inocentes, que, se Deus se nos visse por acaso lá de cima, certamente
murmuraria apenas - “lá estão aqueles três" - e pensaria em outra
coisa."
Tá vendo? Era pra ficar bacana mesmo. Afinal, este sorriso
esta sempre acompanhando os sorrisos desde o começo, dando força, divulgando e
é um dos seguidores do blog.
Um sorriso amigo é muita responsabilidade.
Daqueles que se tem horas de papo natural. Sem puxar
assunto. E se pilham fácil, já tem piadas particulares, trabalhando na linha da
sutileza.
As vezes...
Afinal, o pavio, um tanto curto do camarada pode causar
estranheza. Um tanto curto nada! Que pavio?
Quando nos conhecemos jogando bola (sim, conheço muita gente
assim), tem tempo isso, foi descaso a primeira vista.
Afinal, o cara é vascaíno daqueles que acreditam mesmo
naquela agremiação, e um pouco genioso durante as pelejas.
A gente se aturava.
Nada melhor que o tempo, filhos e uns quilos a mais. A gente
muda por dentro e por fora.
Por isso, quando outro dia ele me cobrou num outro sorriso,
com um sutil "adorei, na fila" ou algo assim, gelei.
Ainda apostei em um reencontro fácil, afinal toda semana tem
pelada...
Não, não teve. E quando teve ele não foi. Como corrigir o
acontecido?
Nem adianta enrolar mais e a verdade é essa: Rodrigo Leão eu
havia perdido seu sorriso.
Isso, de forma poética fica lindo. Daria uma ode.
Numa forma pragmática não.
Nunca havia perdido nenhum dos meus cliques, sempre tenho um
backup mas desta vez, sem explicação aconteceu.
Fui catar pra escrever sobre e... Nada. Ta aqui, não, tá
ali, também não... Perdido a vera. Vazio...
E esta semana, como do nada eis que ele, o seu sorriso,
reapareceu ali, no lugar de sempre, calmo, afetuoso e sorridente. Quase que perguntando:-
E aí? Sai ou não saí?
Coisas de São Longuinho.
Talvez seja para provar que no fundo um grande sorriso nunca
se perde.
Mesmo as vezes mal humorado.
Afinal, pergunta ao Felipinho se tem sorriso mais maneiro
que esse?
Tá bom minha gente... Mãe não vale.
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