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terça-feira, março 20, 2012

Da Eco-92 ao Rio+20 o que mudou no consumo?

Retirei essa matéria da Veja, mas fiz uns comentários para enriquecer e fazer pensar...



Uma revolução no comportamento de consumidores, empresas e governos

Em 20 anos, hábitos que levam em conta o meio ambiente entraram no cotidiano. Veja 15 itens que fazem parte da 'nova ordem ambiental'

Ninguém mais vai à praia sem filtro solar, usar casaco de pele é considerado brega, a indústria brasileira adotou um selo de eficiência energética, as sacolas plásticas estão sendo gradualmente banidas dos supermercados. É preciso muito mais para frear a destruição dos recursos naturais do planeta. Mas são mudanças de hábito importantes que têm na Eco 92 uma referência fundamental.

Não existe relação comprovada entre o aquecimento global e o "buraco" na camada de ozônio. São problemas com causas e consequências bem distintos.

O tempo que o plástico demora para se degradar é um tema controverso. Há quem diga que o fato de o plástico durar cerca de 400 mil anos não é exatamente uma coisa ruim e que na verdade o problema está na subutilização do produto. 

Boas práticas relacionadas ao consumo são sempre bem vindas, mas é preciso atenção. Consumir papel com o selo FSC - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal é uma excelente opção, mas florestas replantadas normalmente empobrecem o solo e diminuem a biodiversidade.

O preço da madeira certificada ainda é um grande obstáculo para o seu consumo. Outra opção é a chamada madeira de demolição igualmente cara.
O consumo consciente e principalmente responsável é uma iniciativa fundamental para a sustentabilidade, mas em um país como o Brasil, onde a fiscalização nem sempre é séria, é necessário redobrar a atenção. 
Dos mais de 5 mil municípios no Brasil, apenas 8% realizam a coleta seletiva do lixo, portanto ainda estamos engatinhando neste quesito. Quanto a reciclagem do alumínio, onde o Brasil é um dos campeões, muito cuidado com a análise. É o famoso "certo pelo motivo errado". Quem nunca foi abordado por um catador de latinhas na praia, show  ou similar? Não existe uma conscientização da população quanto ao destino correto a lata. A falta de oportunidade e a miséria impulsionam essa "boa prática". 

É importante lembrar que o CFC não era uma exclusividade dos sprays. Aparelhos de refrigeração (geladeiras e condicionadores de ar) antigos também possuem o gás e mitos ainda estão por aí sendo utilizados.

De novo o "certo pelo motivo errado". A atenção maior com relação ao consumo de energia veio em um período de racionamento imposto pelo governo em virtude de um momento de estiagem prolongada

Possuindo a 5ª maior população do planeta, é natural nos destacarmos na produção de bicicletas.

Com a popularização do carro elétrico, a emissão dos gases estufa diminuiria muito realmente, mas aumentaria o consumo de eletricidade e por isso é importante ficar atento a matriz energética de cada país. Por exemplo, na Europa a energia elétrica vem principalmente a partir de usinas termoelétricas, que são grandes emissoras de gases estufa. 

A vantagem desse tipo de combustível é o fato dele ser renovável e de seu ciclo ser fechado, mas fiquemos atentos a questão que envolve a produção de alimentos. É preciso encontrar um equilíbrio   para que não haja um aumento muito no preço dos alimentos e uma diminuição no acesso aos mesmos. 

Embora o desperdício doméstico de água seja na faixa de 70% não podemos esquecer que o grande consumidor de água em todo o planeta é a AGRICULTURA. 


O preço ainda é o maior obstáculo para a popularização dessa prática.

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