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domingo, janeiro 27, 2013

10 maiores conquistadores de terras


Desejo de poder, rivalidade religiosa, intolerância racial, ganância, loucura... todas essas razões influenciaram gênios das estratégias de guerra a tomar territórios e aniquilar militares e civis, inimigos e aliados. Confira clicando neste mapa quem foram os maiores conquistadores da História.


segunda-feira, janeiro 21, 2013

Vale tudo?


Imperdível! Corredor espanhol dá 
exemplo de 'fair play' no esporte



Não há medalha que consagre a ação do espanhol Ivan Fernandez Anaya durante uma corrida cross country, em dezembro passado, em Navarra (Espanha). Ele era o segundo colocado da prova quando viu Abel Mutai, que liderava com folga, diminuir o ritmo a menos de 20 metros da vitória por achar que já havia cruzado a linha de chegada. Ao invés de aproveitar a oportunidade para ultrapassar o queniano e vencer a corrida, o espanhol mostrou que a vitória não é o mais importante no esporte e fez questão de alertar o atual campeão olímpico dos 3000m com obstáculos.

"Eu não merecia vencer", disse Fernandez ao jornal espanhol El País. "Eu fiz o que tinha que ser feito. Ele era o real vencedor da prova, liderava com folga e eu não tinha condições de vencer. Ele (Abel Mutai) cometeu um erro e, assim que vi isso, eu sabia que não poderia me aproveitar da situação".

Quem não gostou muito da história foi o seu técnico Martín Fiz, que apesar de admirar a honestidade de Fernandez, confessou que "esse foi um gesto que não teria feito. Certamente, eu me aproveitaria da situação."

A ação de Fernandez não lhe deu a medalha de ouro, mas o transformou num exemplo mundial. A história foi compartilhada por milhões de pessoas no mundo todo, justamente, na semana em que o americano Lance Armstrong manchou o próprio esporte (o ciclismo) ao admitir o uso de doping.

Triste...


domingo, janeiro 20, 2013

Tirinha

Pela volta dos dias de menos mimimi...

Olha a chuva! É mentira...


É fato, todo ano quando abordamos o tema em sala de aula, pergunto: Para que serve a previsão do tempo? 

Invariavelmente vem a resposta: Para sabermos a roupa que vamos colocar ou se poderemos ir a praia...

Sigo questionando: Vocês não acham que satélites são lançados, softwares são desenvolvidos, profissionais são formados, estações de coleta de dados instaladas e um espaço caríssimo ocupado nos mais diversos canais de informação apenas para sabermos se vai dar praia ou se lavamos o guarda chuva na bolsa?

A Veja Rio fez uma matéria abordando o assunto... dê uma olhada...
  
Levantamento realizado por VEJA RIO mostra que os meteorologistas dos quatro principais centros do país ainda estão muito longe de conseguir prever com antecedência e exatidão as condições do tempo para a cidade
Sábado, 5 de Janeiro, praia lotada e sol em um dia em que as
moças e os homens do tempo anunciavam chuvas.

 A imagem estampada nestas páginas retrata a Praia de Ipanema no dia 5, às 5 da tarde, tomada de barracas nas quais turistas e moradores se refugiavam do calor e do sol forte. Uma cena típica de verão, que, no entanto, contrariou todas as previsões feitas três dias antes pelos institutos de meteorologia, que vaticinaram variados tipos de chuva para aquele sábado — na verdade, não caiu uma gota na cidade durante todo o dia. O erro não foi um caso isolado. Por dez semanas, entre 31 de outubro do ano passado e o último dia 6, VEJA RIO coletou, sempre às quartas-feiras, as previsões para os fins de semana nos sites do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e dos privados Climatempo e Somar Meteorologia. Dos 35 dias avaliados, o acerto médio ficou entre nove e doze dias, um padrão que varia de 25% a 34%. Pelos critérios internacionais, para o mesmo período, a média de acerto considerada satisfatória é de pelo menos 60%. Na avaliação, que levou em conta condições gerais como sol, céu nublado, chuva contínua ou em pancadas, foram comuns divergências entre as próprias previsões realizadas pelos especialistas. “A sensação é que a meteorologia ainda não é uma ciência com base em indicadores físicos e matemáticos. Se você pedir a dois profissionais de um mesmo centro que elaborem previsões com base nos mesmos dados, eles vão produzir prognósticos diferentes”, afirma Alfredo Silveira da Silva, coordenador de graduação do curso de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e representante da categoria no Conselho Regional de Engenharia do Rio de Janeiro.

Em uma cidade marcada pelas belezas naturais e pelo relevo acidentado, em que as atividades ao ar livre são parte da vida dos moradores e visitantes, as previsões de tempo bom ou ruim influenciam desde a decisão do carioca de ir ou não à praia até o faturamento de hotéis e restaurantes. Isso para não falar na possibilidade de prevenir catástrofes, retirando moradores de áreas sujeitas a enchentes e deslizamentos que costumam acompanhar as chuvas torrenciais típicas do verão. Mas nem sempre elas acertam e exemplos não faltam (confira a tabela ao lado). O descompasso entre a previsão e o que ocorre de fato é histórico, e chegou a render episódios folclóricos no passado. Em dezembro de 2001, o então chefe do Inmet na cidade, Luiz Carlos Austin, previu a formação de nuvens pesadas que provocariam chuva, trovoadas e até granizo na festa de réveillon em Copacabana. O Ano-Novo, entretanto, veio com céu limpo e estrelado. Irritado, o então prefeito Cesar Maia ameaçou processar Austin por afugentar os turistas e causar prejuízos financeiros ao município. “A previsão local, regionalizada e feita com muita antecedência, ainda é passível de muitos erros”, diz Olívio Bahia, do CPTEC/Inpe, o mais bem equipado centro de previsão do país, que, mesmo assim, cravou apenas onze acertos no levantamento de VEJA RIO. “O prognóstico depende muito da época do ano e do sistema que está atuando. O verão, por exemplo, é uma estação bem complicada.”


Prever o tempo nos trópicos exige destreza e profundo conhecimento dos fatores climáticos locais. A imensa maioria dos modelos matemáticos utilizados para realizar as previsões, compostos de milhares de equações que simulam as condições atmosféricas, está baseada em dados observados em latitudes médias, pois foi desenvolvida em situações de clima temperado. Assim, nenhum dos sistemas de análise criados a partir desses modelos alcança o mesmo resultado em regiões de temperaturas elevadas e grandes instabilidades como o Rio. É consenso entre os especialistas que, na Região Sul do país, tais modelos funcionam bem. Mas, no Sudeste, só se costuma obter boas previsões no inverno, quando a atmosfera está menos sujeita a grandes variações. Além disso, a existência de duas grandes baías (Guanabara e Sepetiba) e cadeias de montanhas (maciços da Tijuca e da Pedra Branca) complica as previsões por aqui. “Toda essa beleza tem seu preço. A condição geográfica do Rio é um dos maiores empecilhos para previsões mais acuradas”, justifica Lúcio de Souza, do Inmet.



Dotado de 34 estações de monitoramento em uma área relativamente pequena do ponto de vista geográfico, o estado do Rio de Janeiro é o mais bem observado do país. No Sumaré, um radar meteorológico foi instalado para vigiar as condições do tempo depois que chuvas torrenciais provocaram o caos na capital em abril de 2010. É desse aparelho que partem os alertas sempre que nuvens carregadas ameaçam desabar sobre nós. Ainda que pequena quando comparada ao padrão internacional, tal rede seria até razoável se funcionasse a contento. A estação meteorológica do Alto da Boa Vista, responsável por fornecer as mínimas de temperatura e as máximas pluviométricas, por exemplo, foi depredada em dezembro e ficou vários dias sem funcionar. A boia marítima que desde novembro de 2011 coleta dados meteorológicos em Cabo Frio, entre os quais o fluxo das correntes e a temperatura do mar, costuma ser alvo de vandalismo. Desinformados, pescadores usam essa boia para amarrar embarcações, inutilizando assim a principal ferramenta para a emissão de avisos de ressaca no litoral fluminense. Cada vez que isso acontece, a Marinha, dona do aparelho, gasta 700 000 dólares para religá-lo. “O equipamento funciona como uma salvaguarda para os casos em que o modelo numérico nos fornece uma informação ilógica ou superestimada. Quando ele fica fora do ar, a previsão perde em confiabilidade e precisão”, afirma a capitã de fragata superintendente de meteorologia e oceanografia Emma Giada Matschinske.

Devastação provocada pelo furacão Sandy em Nova Jersey: os cientistas
 previram com 5 dias de antecedência que o local seria atingido. 
Embora tenha a maior rede de observação e estudos climáticos da América do Sul, o Brasil ainda engatinha no monitoramento de suas condições espaciais. Na sede do CPTEC/Inpe, em Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, é possível perceber as limitações para prever o tempo. Ali está instalado, desde 2010, o supercomputador Tupã, uma das máquinas mais poderosas do mundo para esse tipo de tarefa. Desde o início do ano, os meteorologistas utilizam um novo software capaz de analisar 1,6 milhão de dados simultâneos. Apesar da máquina poderosa e do programa de primeira linha, os técnicos do instituto têm uma base muito limitada de dados climáticos para abastecê-los. As informações usadas são captadas em 476 estações automáticas de medição climática e 287 convencionais, concentradas principalmente junto às regiões mais populosas. A distância média entre elas é de 100 quilômetros, enquanto na Europa gira em torno de um quarto disso. Sem satélite próprio, o país depende de imagens enviadas por instituições parceiras no exterior, que nem sempre atendem a todas as necessidades dos cientistas. Para efeito de comparação, a Agência Nacional de Atmosfera e Oceanos dos Estados Unidos (NOAA) dispõe de dois satélites meteorológicos estacionários e outros trinta em órbita. Graças a recursos como esses, o Centro Nacional de Furacões conseguiu prever com exatidão a área do estado de Nova Jersey, na costa leste do país, que seria mais atingida pela passagem da tempestade Sandy. “Aqui, previsão do tempo é coisa séria. Não é uma questão de nos vangloriarmos de nossos acertos, mas de proteger a vida humana”, explicou a VEJA RIO José Galvez, pesquisador da NOAA.


Desde que deixou as cavernas, a humanidade tem verdadeira obsessão pelo clima. Antes mesmo de as grandes civilizações do mundo antigo surgirem, já existiam xamãs e feiticeiros encarregados de predizer se as colheitas seriam fartas e as pessoas estariam livres de catástrofes naturais como secas, inundações, invernos ou verões inclementes. A primeira tentativa de previsão do tempo registrada remonta aos tempos do rei assírio Assurbanípal e foi escrita em placas de argila (“Quando surgir um halo escuro em torno da Lua, o mês terá chuvas”, sentenciava). Apesar de o interesse ser tão antigo e longevo, foi nos últimos 100 anos que o homem realmente pôde decifrar os mais importantes segredos do tempo, graças à ajuda de computadores, aparelhos de medição de alta precisão e satélites de observação. Por aqui, mesmo com todos os problemas e dificuldades, passos importantes vêm sendo dados nos últimos anos em busca de maior qualidade nas previsões. Ainda assim, é sempre bom carregar um guarda-chuva para eventuais surpresas.




sexta-feira, janeiro 18, 2013

Tirinha - Dik Browne e Chris Browne


Apenas uma questão de perspectiva cartográfica?

Passeando pela "internê" me deparei com essa reportagem publicada originalmente em 2001 na revista Galileu, talvez a principal publicação científica voltada para o público infanto-juvenil. 
Observe a reportagem abaixo, principalmente o título e o mapa. 


E aí? Afinal, o mapa está certo ou errado?

O mapa está MUITO errado! E o problema não é o fato de aparentar estar de cabeça para baixo, isso é normal. Causa estranheza apenas por uma questão de hábito. O erro é que a imagem está espelhada. Assim, o posicionamento das continentes está completamente equivocado.

O correto seria como na imagem abaixo.



quarta-feira, janeiro 16, 2013

Tirinha - Jean Galvão


Eventos Climáticos Extremos se Intensificam

Fernando Tadeu Moraes - Folha de São Paulo

O ano de 2012 provavelmente ficará na história como um período de eventos climáticos extremos, tendência que tem se mantido nas primeiras semanas de 2013.

A China vem enfrentando o pior inverno dos últimos 30 anos; a Austrália sofre com queimadas por todo o país e teve nos quatro últimos meses de 2012 os mais quentes da sua história; o Paquistão foi inundado por enchentes inesperadas em setembro; o Brasil teve uma de suas primaveras mais quentes e, nos EUA, o último ano teve a temperatura média mais alta na parte continental.
Vinte centímetros de neve caíram nesta semana em Jerusalém, 
cobrindo as ruas e até as palmeiras; tempestade foi a pior em 20 anos

"Todo ano temos tempo extremo, mas é estranho ter tantos eventos extremos ao redor do mundo de uma só vez", disse Omar Baddour, da Organização Meteorológica Mundial.

No Brasil, ainda não há dados consolidados sobre a temperatura média do ano passado, mas, para Jose Marengo, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os dados até agora apontam uma situação parecida com a dos EUA. "Em 2012, especialmente a partir de setembro, batemos recordes de temperatura."

No âmbito mundial, as temperaturas foram altas também. Estimativas da Organização Meteorológica Mundial mostram que, entre janeiro e outubro de 2012, a temperatura média foi cerca de 0,5º C acima da média do mesmo período entre 1961 e 1990, o que deve levar o ano passado a ser o oitavo ou nono mais quente desde 1850.


Árvore após incêndio florestal que atinge parte da Austrália, 
que vive uma forte onda de calor

Poderia ter sido pior, mas o ano começou com a presença do fenômeno climático La Niña, que provoca um resfriamento anormal no oceano Pacífico tropical. A média de temperatura registrada nos três primeiros meses do ano foi a menor desde 1997.

Marengo destaca a onda de calor que atingiu o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil entre 28 e 31 de outubro como um dos evento mais surpreendentes de 2012. A temperatura na capital paulista chegou a 36,6º C no dia 30. "Essas temperaturas não são esperadas na primavera."
No plano mundial, segundo o pesquisador, o efeito do furacão Sandy sobre a cidade de Nova York no fim de outubro foi bastante marcante.

"Em um país que está tão preparado para as mudanças climáticas, com sistemas de alarmes e abrigos, o furacão parou sua cidade mais importante. Isso mostra que ninguém está preparado para um evento extremo."

AQUECIMENTO GLOBAL

Para Baddour, o aumento da frequência dos eventos extremos é um sinal de que a mudança climática não virá só na forma de aumento das temperaturas e sim como anomalias intensas e desagradáveis.

Mas, segundo Marengo, é difícil dizer qual é o peso da atividade humana nesses acontecimentos.

"O que é possível dizer hoje é que existe um componente humano nos eventos climáticos. O que não foi demonstrado ainda é o tamanho desse impacto".

Para este ano, o pesquisador espera anomalias de temperatura nos chamados meses de intervalo, como maio e outubro. "No ano passado tivemos um maio muito frio e uma onda incrível de calor em outubro."


segunda-feira, janeiro 14, 2013

Tirinha - Jean Galvão


Bem Mais que "Apenas" Futebol - Futebol Business


Esse site é pra quem acha que além de ser o esporte mais popular do país e do mundo, entende esse esporte como um grande máquina que movimenta milhões.

clique na imagem e visite o site.

Sistema elétrico brasileiro depende cada vez mais das condições climáticas


Desde 2001, novas usinas e linhas de transmissão foram construídas, mas País perdeu capacidade de armazenamento de água




O traumático racionamento ocorrido em 2001 ensinou algumas lições importantes para o Brasil. De lá pra cá, a capacidade do parque gerador brasileiro - que vivia sob intensa paralisia - cresceu 56%, e o sistema de transmissão, um dos principais vilões do contingenciamento ocorrido naquele ano, avançou 54%. Mas, apesar dos investimentos feitos e do incremento de novas fontes de energia na matriz elétrica, o sistema nacional está cada dia mais vulnerável e sujeito ao humor de São Pedro.

No ano passado, embora o crescimento da economia tenha decepcionado e a seca que atingiu o País não esteja entre as piores da história, o nível dos reservatórios caiu mais rápido que o previsto. Com as represas em baixa e chuvas ainda escassas, o risco de um novo racionamento voltou a rondar a vida dos brasileiros, apesar de o governo federal afirmar que vai garantir o abastecimento com a operação das térmicas - em 2001, essas usinas praticamente não existiam.

Um dos principais motivos da maior fragilidade do sistema nacional está nas restrições para construir hidrelétricas com reservatório. Por questões ambientais, as grandes usinas que estão sendo construídas Brasil afora são a fio d'água e não têm represa para guardar água, a exemplo das Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. Isso significa que o País está perdendo capacidade de poupança para suportar períodos com hidrologia desfavorável, como agora. "Temos de contar com a natureza", diz o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.

Limites. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que em 2001 a capacidade dos reservatórios era suficiente para seis meses de carga de energia de todo o sistema interligado nacional. Em 2009, o volume tinha caído para cinco meses. E, em 2019, será suficiente para apenas três meses. 

Portanto, o fato de o País escapar de um racionamento agora não elimina os riscos no próximo ano. Se não chover bastante até o fim do período úmido, os reservatórios vão terminar 2013 piores do que em 2012. Foi assim que ocorreu o racionamento de 2001. No fim de 1999, choveu pouco e os reservatórios caíram bastante. No início de 2000, as chuvas conseguiram recuperar o volume de armazenamento, mas não foi o suficiente para evitar o contingenciamento no ano seguinte, quando as chuvas minguaram novamente.

As usinas a fio d'água tendem a agravar a dependência climática. Além da falta de reservatório, as hidrelétricas do Norte ainda sofrem de outro mal: a forte variação do volume de água no período seco e no período úmido. No Rio Xingu, por exemplo, onde está sendo construída Belo Monte, a diferença é de 25 vezes. Em Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, é de 11 vezes. No Sudeste, de apenas 5 vezes. 

"Com a entrada em operação das novas hidrelétricas, a operação do sistema vai virar um inferno", diz o consultor Mario Veiga, presidente da PSR Consultoria. Segundo ele, os prejuízos desse modelo são enormes, já que afetam outras fontes de energia, como a viabilidade das eólicas. Um reservatório tem capacidade de armazenar tanto água como vento. Se num determinado período está ventando muito, o operador pode diminuir a produção da hidrelétrica, guardar água e atender à demanda com as eólicas.

Sem represa, no entanto, o operador precisa de outras garantias, já que as eólicas também são dependentes das condições climáticas. "Pior: quando não venta o calor aumenta. Por um lado a geração de energia diminui e, por outro, o consumo sobe", destaca a coordenadora do Núcleo de Energia do FGV in company, Gorete Pereira Paulo.

Equilíbrio. Na opinião dela, o País precisa apostar mais na energia térmica para dar segurança ao sistema. Quanto mais usinas a fio d'água forem construídas, maior a necessidade de termoelétricas para garantir o abastecimento em momentos de instabilidade climática. Dois outros especialistas também defendem maior participação das usinas na matriz brasileira. 

Roberto Pereira D'Araújo e Luiz Pinguelli Rosa acreditam que a situação atual poderia ter sido evitada se as térmicas tivessem entrado em operação mais cedo. "Hoje 70% da capacidade de geração é hidráulica, mas as usinas geram 90% da energia do País. As térmicas representam mais de 20% do parque gerador, mas produzem apenas 10%. Isso precisa mudar", diz D'Araújo.

O professor da Coppead, Nivalde Castro, vai além: algumas térmicas precisariam gerar na base, sem parar. Hoje as usinas são contratadas por disponibilidades. Ficam paradas à espera de um chamado do ONS. "A quantidade de água nos reservatórios não é mais suficiente para atender ao período seco. O governo terá de fazer leilões por fonte, por região e numa forma de contrato diferente da atual."

Apesar dos prejuízos e dos transtornos que virão, poucos acreditam numa reversão do atual modelo das hidrelétricas por causa da pressão ambiental. Foi uma escolha que diminui os impactos ambientais, especialmente na Região Norte, mas aumenta a instabilidade do sistema e também pode aumentar o custo da energia, com a necessidade de mais térmicas. "Ninguém quer construir hidrelétricas a qualquer custo. Mas também não podem proibir a qualquer custo", diz Mario Veiga.



domingo, janeiro 13, 2013

Tirinha - Alberto Montt


“Ele poderia ter sido só mais um Pedro…”

Escrito por Rodrigo Pereira

Pedro Paulo de Oliveira, ou somente Pedrinho. Criado nas quadras de São Januário desde os 6 anos de idade e promovido ao elenco principal em 1995 se despede, enfim, das quatro linhas. Foram 5 anos integrando o time profissional até sua primeira saída e uma lista de títulos sem fim, dentre eles a inesquecível Libertadores da América de 1998 e a virada do século na Mercosul de 2000.

Pedrinho ficou eternizado por grandes passes, dribles e gols importantes. Revelado como promessa de um grande craque, conseguiu corresponder às expectativas. Marcado por humilhar os rivais, Pedrinho calou muitas vezes a torcida do nosso maior rival. Quis o destino que sua carreira fosse interrompida por diversas contusões, dentre elas algumas na qual colocava em dúvida a permanência da jovem promessa de São Januário nos campos. Predestinado a ser um vencedor, passou por cima de todas as lesões e deu continuidade ao que de melhor fez durante sua carreira de jogador, dar alegria ao torcedor Vascaíno.

Sua carreira ficou marcada por alguns episódios que estão eternizados no mundo do futebol. Em meio a uma final de Taça Guanabara, Pedrinho fez parte de um chocolate que não é esquecido até hoje. Além do título em cima dos rubros negros, essa final ficou marcada pela ousadia e provocação de Pedrinho. O gol que fechou a goleada surgiu depois de uma caneta humilhante no zagueiro Flamenguista, resultando em um pênalti que o próprio Pedrinho cobrou e comemorou com um pedido de silencio aos poucos que ali ainda permaneciam. O título já estava decidido, foi então que a estrela Vascaína levantou a bola e caprichosamente percorreu pelo gramado do Maracanã equilibrando a bola durante as perfeitas embaixadinhas. O delírio tomou conta. Se de um lado os Vascaínos gozavam daquele show, do outro lado à fúria era vista no rosto de poucos torcedores que ficaram até o fim.

Pedrinho… Era bonito de se ver. Vascaíno como nós, honrou cada minuto a Cruz de Malta. Jogou ao lado de grandes ídolos como Edmundo, Felipe e Juninho Pernambucano. Fez parte de um dos maiores times que a Colina histórica já viu. Unanimidade entre os torcedores do Vasco. Nome certo a ser cantado pela imensa torcida bem feliz a cada jogo do Vasco em São Januário no fim dos anos 90.

Por ironia do destino Pedrinho retornou ao Vasco no pior ano de sua história. Quis os deuses do futebol que suas lágrimas fossem derramadas juntas com as nossas. Momento que até hoje não sai da cabeça de nenhum Vascaíno. Isolado, sem chão, Pedrinho chorou como um bom e velho Vascaíno ao ver o Gigante se ajoelhar. Sorriu quando sorrimos, chorou quando choramos. Contudo, são detalhes, são infinitas as alegrias que esse grande jogador que foi revelado na nossa casa nos deu.

Felizes são aqueles que apreciaram esse garoto que cresceu e está dando adeus do futebol no mesmo local que começou. Todo Vascaíno tem direito por natureza de se orgulhar desse ídolo. Todo Vascaíno merece ver o Pedrinho mais uma vez em campo com a camisa do Vasco, nem que seja a ultima vez. Um ídolo que o futebol nos trouxe para nossas vidas, uma história de superação, um gênio, um craque. Pedrinho, ou simplesmente, um ídolo para todas as gerações. Dia 13 de Janeiro de 2013, o dia que promete ficar pra sempre no coração de cada um de nós Vascaínos, inclusive no do próprio Pedrinho.

Como se calcula a sensação térmica?


Três variáveis determinam a sensação térmica: umidade do ar, velocidade do vento e temperatura real. Há diversas fórmulas e tabelas padronizadas que facilitam a medição. "As pessoas não se importavam tanto com ela, pois nem sabiam que fazia diferença no dia a dia. Hoje, o interesse sobre a sensação térmica vem aumentando", diz Márcia Seabra, meteorologista-chefe da Seção de Previsão do Tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A sensação térmica, afinal de contas, vale mais no nosso cotidiano do que aquilo que o termômetro marca. Aliás, a temperatura real propriamente dita só é calculada em um abrigo especial, isolado do Sol e do vento. Longe do bafo quente da rua e das rajadas de ar frio. Longe da realidade.


Relatividade do termômetro

Veja a influência do vento e da umidade do ar

SOPRO GELADO
Um grande culpado por você bater queixo enquanto o termômetro da praça (quando está funcionando, claro) marca amenos 22ºC é o vento. Ele faz a sensação térmica despencar porque é capaz de retirar calor dos corpos. O princípio é o mesmo que assoprar uma xícara de café para que ela esfrie mais rápido.

BAFO INFERNAL
Quando 30ºC parecem transportar você para um forno, a vilã é a umidade. Nos dias mais úmidos, a sensação de calor aumenta. Isso acontece porque a evaporação do suor, que resfria o corpo, diminui. Com esse mecanismo de regulação térmica natural em baixa, sentimos que, além de quente, o dia está abafado.