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quinta-feira, abril 19, 2012

ARMADOS



Do mesmo diretor de "Ei, you!" (2010) e "Cortina de Fumaça" (2010), Rodrigo Mac Niven, o documentário Armados estreia dia 19 de abril (quinta-feira), às 21h, na programação do Canal Futura. A exibição marca o lançamento da nova temporada da faixa Mundo.doc.

Vencedora do 2º Doc Futura, pitching promovido em 2011 pelo Canal Futura, a obra traz à tona a polêmica questão do desarmamento civil – a partir de entrevistas com representantes de diferentes segmentos sociais: policiais, especialistas e parentes de vítimas do tiroteio na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo – e revela dados impressionantes sobre o universo das armas.

Das 16 milhões de armas de fogo que circulam no Brasil, 90% estão nas mãos da sociedade. Quase metade desse armamento, cerca de 7,6 milhões, não está registrada. A ilegalidade impede o rastreamento das armas e contribui para o baixo índice de resolução de crimes no país: menos de 5%. Praticamente todos os cartuchos ilegais apreendidos em território nacional, 95%, são de origem brasileira. A indústria e o comércio de armas e munições no país registram faturamento de quase 1 bilhão de reais por ano.


Entre os personagens do documentário estão o músico e ativista social Marcelo Yuka (que também assina a trilha sonora original do filme), o coordenador do Programa de Controle de Armas de Fogo do movimento Viva Rio e sociólogo, Antonio Rangel, o delegado da Polícia Civil Orlando Zaccone, o cientista político Luiz Eduardo Soares, o deputado estadual Marcelo Freixo, a presidente da Associação Anjos de Realengo, Adriana Machado, e o diretor da CBC – Companhia Brasileira de Cartuchos (maior complexo industrial de fabricação de munições do Hemisfério Sul), Salesio Nuhs, entre outros.

Ao apresentar diferentes opiniões, a narrativa costurada pelo cineasta promove reflexões sobre o papel das armas e o impacto da violência armada na população brasileira. Para o diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, Vinicius Cavalcante, a comercialização de armas permite que os indivíduos exerçam o direito à autoproteção.  “A posse de armas de fogo é garantida pela constituição brasileira”, lembra. Em oposição, a titular da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), Barbara Bueno, defende o desarmamento voluntário e pondera: “A arma não é para defesa, ela serve para atacar”. A Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (Dfae) possui, atualmente, cerca de 150 mil armas apreendidas pela Polícia Civil.

Pai de uma das doze vítimas do tiroteio na EM Tasso da Silveira, ocorrido em abril de 2011, Raymundo Nazareth salienta a falta de controle sobre as armas em circulação. “O revólver usado para matar nossos filhos foi roubado há 18 anos. As armas se perdem e ninguém acha. Elas servem para matar e não para defender”, enfatiza. Atingido por nove tiros durante uma tentativa de assalto em 2000, Marcelo Yuka levanta uma importante questão: é possível usar armas de fogo de forma segura na sociedade?

O filme trata de temas como a reforma das polícias, a consolidação de dados sobre segurança pública visando à melhoria das políticas em desenvolvimento, a proibição da venda de armas de fogo aos cidadãos e, principalmente, a cultura da violência na sociedade contemporânea.


Quinta (19), às 21h
Domingo 22 de abril, às 3h30 e 19h30




segunda-feira, abril 16, 2012

60 segundos na Rede...

Achei interessante...



Já parou para imaginar o que acontece a cada 60 segundos na web? 
- 60 novos blogs são criados;
- Mais de 168 milhões de emails são enviados;
- Twitter: 320 novas contas são criadas e 98.000 tweets são enviados;
- 600 vídeos são carregados para o Youtube;
- 695.000 atualizações de status, 79.364 posts e 510.040 comentários são feitos no Facebook;
É… a movimentação é grande em um minuto…

domingo, abril 15, 2012

Os mapas e as guerras

Desde 1914, quando ocorreu a primeira guerra mundial, mais de 100 milhões de pessoas perderam a vida em guerras. Mesmo estes números e suas implicações podem ser espacializados. Conheça agora um site onde são disponibilizados mapas históricos úteis para acompanhar as mudanças sociais e geográficas associadas a cada guerra ao longo da história.

O site Maps of War pode ser uma interessante ferramenta de pesquisa para quem deseja estudar sobre a dinâmica das guerras e suas consequências na sociedade.

Um dos destaques do site é um vídeo interessante que mostra um breve resumo do que os autores chamam de “marcha da democracia”. São 4.000 anos resumidos em 1 (um) minuto e meio. 


Outro mapa bem legal é esse que mostra a história das religiões.


sábado, abril 14, 2012

Tirinha - Mafalda


Solo fértil... Cabeça vazia...



Crescimento vegetativo em queda, população envelhecida, crise econômica, presença significativa de imigrantes são alguns dos fatores que fazem da Europa uma das áreas do globo mais férteis para o desenvolvimento dos ideais da extrema-direita. Entenda um pouco maisl lendo esse artigo da Carta Maior.


Pesquisas mostram que cerca de 26% dos jovens de idade entre 18 e 24 anos votariam na candidata da extrema-direita, Marine Le Pen. O discurso contra os estrangeiros e, em especial, contra os muçulmanos, da candidata da Frente Nacional, sua defesa da ordem e da França acima de tudo e de todos, além de seus ataques contra o sistema político, estão tocando o coração de aproximadamente um quarto da juventude francesa. O artigo é de Eduardo Febbro.

Paris - Jovens que votam com ideologias cobertas de teia de aranha, antiquadas e xenófobas: esse é o surpreendente quadro que surge das pesquisas de opinião publicadas na França sobre o voto da juventude para a extrema direita. A última síntese das pesquisas que, dia a dia, acompanham a soporífera campanha para as eleições presidenciais de 22 de abril e 6 de maio (primeiro e segundo turno) mostra que cerca de 26% dos jovens de idade entre 18 e 24 anos votariam na candidata do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen. 

Esse número derruba o mito segundo o qual o eleitorado da extrema direita seria composto essencialmente por pessoas de mais idade. O discurso contra os estrangeiros e, em especial, contra os muçulmanos, da candidata da extrema-direita, sua defesa da ordem e da França acima de tudo e de todos, além de seus ataques contra o sistema político, tocaram o coração da juventude francesa.

Segundo o estudo publica pela empresa CSA, mais de uma quarta parte dos jovens preferem Marine Le Pen, na frente do candidato socialista, François Hollande, com 25%, do presidente conservador Nicolas Sarkozy, com 17%, e do representante da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon. Esse é o quarteto de onde sairão os candidatos para o segundo turno e que terá um papel decisivo na configuração da aliança vitoriosa. O terceiro lugar é disputado por Marine Le Pen e Jean-Luc Mélenchon, enquanto que os dois primeiros estão assegurados para Sarkozy e Hollande, sem que se saiba com certeza qual dos dois passará para o segundo turno em primeiro lugar.

A sociedade assiste a uma campanha telúrica, feita com golpes baixos, com um conteúdo superficial, onde as encenações engolem os temas essenciais e desembocam em esquemas repetitivos. Há alguns dias, o líder do maio de 68 francês e eurodeputado ecologista Daniel Cohn-Bendit disse: “entre nós, como nos aborrecemos! Proponho uma ideia revolucionária: votemos no domingo e pronto”. François Hollande se mantem na mesma linha com a qual iniciou sua campanha, didático, sereno, às vezes demais, com um perfil de homem “normal” que se meteu em uma aposta extraordinária, totalmente fora dos radares até alguns meses atrás.

Ao seu lado, o presidente candidato Nicolas Sarkozy, tornou-se o homem das reencarnações fulgurantes. A cada semana é um homem novo: houve o Sarkozy “candidato do povo”, depois o Sarkozy “candidato do povo contra as elites”, depois o Sarkozy que deu uma guinada para a extrema-direita, quase anti-europeu, partidário das fronteiras, de cortar pela metade o fluxo de estrangeiros, de controlar as “ondas migratórias fora de controle”, ameaçador com sua proposta de suspender os acordos de Schengen que garantiram a livre circulação das pessoas nos países da União Europeia. E, por fim, há alguns dias, o último Sarkozy aterrissou, o candidato centrista que ofereceu seu programa oficial com um credo único: a luta contra os déficits e o endividamento. É precisamente essa velocidade transfiguradora que introduz na campanha a sensação de que tudo gira em um vazio, de que o rastro do anterior ainda não se depositou na consciência e já vem outra figura a substituí-lo, a desconstruir o discurso anterior.

Os meios de comunicação, sem distanciamento e com um medo de criança no escuro, jogam a fundo a carta dos “novos Sarkozys” sem que, até agora, nenhuma pesquisa certifique que essa estratégia da cortina de fumaça tenha reduzido de maneira decisiva a distância que o separa de seu rival socialista nas pesquisas de opinião.
Falta quase um mês para o segundo turno. Talvez o consiga. Quem sabe. A fumaça dificulta a visão e a lucidez. Com 26% do eleitorado jovem seduzido pelas incongruências, aproximações, mentiras e histerias xenófobas da extrema-direita tudo parece possível. O ódio ao outro como programa político em plena colheita geracional é um dado que vai muito mais além do “fascismo senil” descrito pelo demógrafo e ensaísta Emmanuel Todd. Há um quarto de século, a Frente Nacional é um ator eleitoral influente. Desde que a filha do fundador da FN, Jean Marie Le Pen, assumiu a direção do partido, as ideias da extrema-direita deslizaram na sociedade como sabão molhado. A filha de Le Pen normalizou a extrema-direita. Seus resultados entre a juventude consagram sua estratégia.

Camisa e gravata em vez de casacos pretos, discurso envolto em novas formulações e uma maneira direita de dizer em voz alta o que a maioria fala a voz baixa abriram espaço para Marine Le Pen junto às novas gerações. Ao mesmo tempo, as pesquisas constatam um aumento da taxa de abstenção. 

Quase uma quarta parte do eleitorado (24%) declarou sua intenção de se abster. O desencanto democrático espreita. A ideia segundo a qual a alternância democrática não traz nenhuma solução alimenta por sua vez o voto para a extrema direita, a qual faz da desqualificação da classe política tradicional – ou seja, os partidos de governo são todos corruptos e ineptos – um de seus argumentos eleitorais favoritos. 

A República mais emblemática do sistema democrático mundial atravessa uma zona de desilusão. François Hollande se mantém na linha de não suscitar demasiadas ilusões com promessas mobilizadoras. Nicolas Sarkozy encarna uma promessa distinta a cada semana. Entre a timidez de um e a polifonia volátil do outro, a sociedade oscila entre uma ilusão moderada e um sonho em relação ao qual ela já sabe o que acontece na hora de despertar.

Tradução: Katarina Peixoto

terça-feira, abril 10, 2012

Dengue

Incidência de Dengue por município - 2008
Alcance da Dengue no mundo.

Infográfico do Globo online que mostra o número de casos de Dengue no município do Rio por bairros.
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