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sábado, fevereiro 16, 2013

Vale mais que mil palavras...

O World Press Photo é o principal premio da fotografia mundial. Em sua 56ª edição, premiou o fotógrafo sueco Paul Hansen por imagem que mostra o desespero de um grupo de homens palestinos carregando os corpos de duas crianças na Faixa de Gaza. A foto de Hansen chamou a atenção dos jurados pela forma como o profissional captou a tragédia.


Vale uma vista no site da

Veja algumas fotos premiadas em anos anteriores










sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Uau!!! Grandes "feitos" da humanidade

Impacto Profundo? E a galera dizia UHHH...

Asteroide de 45 m de diâmetro passa 'de raspão' hoje pela Terra


Viajando a 28.100 km/h, um asteroide com 45 metros de diâmetro passa hoje de raspão pela Terra. Em sua aproximação máxima, ele estará mais perto de nós que os satélites usados para telecomunicações. Mas não há risco de colisão. Ufa.


Descoberto no ano passado, o pedregulho batizado de 2012 DA14 é o último --e mais contundente-- dos alertas de que asteroides oferecem risco real ao futuro da civilização (deixando no chinelo crises hipotecárias americanas).

Em seu sobrevoo da Terra, ele passará a apenas 27.680 km da ilha de Sumatra, na Indonésia, às 17h24 (de Brasília). Apesar da proximidade, ele é tão discreto que não poderá ser visto a olho nu.

No Brasil, à luz do dia, nem com a ajuda de instrumentos será possível vê-lo.

Nunca um asteroide desse porte --capaz de causar estragos-- foi monitorado passando tão perto da Terra. Isso dará aos astrônomos uma oportunidade única de estudá-lo.

Para esse fim, o principal instrumento é o radar, que permite um mapeamento de sua superfície durante a fase de maior aproximação do objeto, que tem a largura de meio campo de futebol.

EVENTO TUNGUSKA

Embora asteroides com esse tamanho sejam incapazes de provocar extinção em nível planetário (o bólido que matou os dinossauros 65 milhões de anos atrás tinha cerca de 10 km de diâmetro), o estrago em caso de colisão pode ser grande.

Um exemplo disso foi o episódio ocorrido em Tunguska, na Sibéria, em 1908. Um fenômeno equivalente à detonação de uma arma nuclear na atmosfera provocou uma onda de choque que achatou 2.000 km2 de floresta.

Acredita-se hoje que tenha sido um asteroide de cerca de 60 metros de diâmetro, que nem chegou a colidir com o chão, mas se quebrou no atrito com a atmosfera terrestre.





Ao lado, a possível cratera aberta em Tunguska, Sibéria em 1908



Caso o 2012 DA14 estivesse destinado a trombar com o planeta, faria estrago similar. Se a colisão ocorresse numa região habitada, seria uma catástrofe sem precedentes. Mesmo caindo no oceano, seria um problema.

"Nesse caso, só correr para as montanhas", afirma Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), em São José dos Campos. Seria a única maneira de fugir do tsunami resultante.

Com sorte, no caso do 2012 DA14, como o objeto foi descoberto há um ano, caso houvesse perigo de colisão, daria para tentar evacuar as regiões ameaçadas. "Mas imagine o caos", diz Barbosa.

Pesquisadores da Nasa estimam que uma colisão desse tipo aconteça em média a cada 1.200 anos. Como a última foi há pouco mais de cem anos, o risco de outra tão já é baixo. Mas não dá para descartar.

O mais interessante, contudo, é que uma aproximação desse tipo, sem pancada, é bem mais comum --uma a cada 40 anos.

Por isso as empresas que ultimamente andaram revelando seus planos de mineração de asteroides ficaram especialmente animadas com essa passagem.
RIQUEZAS

A companhia Deep Space Industries estimou o valor do pedregulho 2012 DA14 em cerca de US$ 195 bilhões, contando metais preciosos e água (que vale pouco na Terra, mas muito no espaço).

O único problema é que esse asteroide em particular está numa trajetória que dificultaria sua "perseguição" por naves mineradoras.

"Embora o visitante desta semana não esteja na direção certa para que o exploremos, haverá outros que estarão, e queremos estar prontos quando eles chegarem", disse, em comunicado, Rick Tumlinson, chefe do conselho da empresa.

E QUAL É DIFERENÇA ENTRE METEORO E METEORITO?




Tirinha - Calvin por Bill Watterson


quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Vento ultrapassa nucleares na China



O governo chinês tem feito grandes investimentos em tecnologia de energia renovável ao longo dos últimos anos. Agora, um grupo de relatórios afirma que a energia eólica gera mais eletricidade do que nuclear. Mais em OilPrice.com:

"De acordo com dados do Wind China Energy Association (CWEA), a capacidade de produção de energia eólica já ultrapassou a energia nuclear tornando-se a terceira maior fonte de eletricidade na China, depois do carvão, e grandes usinas hidrelétricas".

"Em 2012, a geração de energia eólica totalizou 100,4 bilhões de quilowatts/hora, um aumento de 0,5% em relação aos anos anteriores, e suficiente para ultrapassar a geração de energia nuclear no mesmo período."

"Capacidade de produzir energia eólica tem crescido rapidamente nos últimos anos, alimentada por ambiciosas metas de energia renovável, e apoio do governo. Até o final de 2012 a China tinha 60.83 GW de capacidade instalada, e as metas visam um total de 100 GW por o final de 2015. "

Revolução energética já é realidade



Chegam de diferentes partes do mundo sinais cada vez mais evidentes de que os investimentos em fontes limpas e renováveis de energia vão modificando com rapidez surpreendente a configuração da matriz energética. Durante o carnaval, com o Brasil ainda sob o reinado de Momo, a Associação de Energia Eólica da China informou que o vento ultrapassou em importância a energia nuclear naquele país. Segundo o comunicado, em 2012 a geração eólica alcançou a marca de 100 bilhões de quilowatt-hora (Kwh) fazendo com que o vento assumisse a terceira posição no ranking da matriz energética chinesa, atrás do carvão e da hidroeletricidade. O objetivo do governo de Pequim é fazer com que a energia eólica cresça mais de 50% até 2015. 

Enquanto os chineses celebravam o feito, os norte-americanos comemoravam um outro recorde: 2012 entrou para a história como o ano que os Estados Unidos mais investiram em energia eólica. Com o acréscimo de 13,1GW de capacidade instalada na rede (o vento foi a fonte de energia que mais cresceu ano passado naquele país) o país evita a emissão de 96 milhões de toneladas de C02 por ano, ou 1,8% das emissões totais. De acordo com a Associação de Energia Eólica dos Estados Unidos, os aerogeradores já produzem energia suficiente para abastecer 14,7 milhões de lares. E os investimentos prosseguem no embalo do segundo mandato do presidente Barack Obama, que na terça-feira “gorda”, enquanto os foliões se esbaldavam no último dia de carnaval por aqui, renovava seus compromissos em favor de novas fontes de energia no tradicional discurso Estado da União, no Congresso americano. Obama propôs uma nova legislação para reduzir ainda mais as emissões de gases estufa, sugeriu a criação de um fundo que financie o desenvolvimento de novas tecnologias para carros e caminhões, “para que eles deixem de usar petróleo para sempre” e lançou como meta para os próximos vinte anos cortar pela metade o desperdício de energia nas casas e empresas americanas.       

Do outro lado do Oceano Atlântico, no velho continente, os espanhóis iniciaram o ano batendo um novo recorde de produção de energia eólica (em 16/1) com mais de 345 mil MWh em um único dia. De acordo com as autoridades locais, a marca equivale a quase 40% de toda geração de energia no país naquela data, incluindo todas as demais fontes renováveis, nuclear e fósseis. O vento dominou a matriz energética durante mais de dez horas, superando neste período os 14 mil MW. 

Na Austrália, maior exportador mundial de carvão (onde este recurso é abundante), a produção de energia eólica já se tornou mais barata que a gerada por termelétricas a carvão ou gás. Segundo o diretor da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), Michael Liebreich “a energia limpa é um agente de transformação que promete virar de cabeça para baixo a economia dos sistemas de energia”.                

Outro país que também festejou muito os resultados de 2012 foi a Alemanha. No ano passado, o país registrou um aumento de 45% na produção de energia solar, recorde histórico. Graças à instalação de mais 1,3 milhão de sistemas fotovoltaicos, 8 milhões de residências foram abastecidas com energia solar naquele país. O diretor da Associação da Indústria Solar da Alemanha afirmou que os investimentos no setor quadruplicaram nos últimos três anos. Com a produção em escala, o preço das placas fotovoltaicas caiu pela metade. Merece registro o fato de que a Alemanha é um país com muito menos radiação solar do que o Brasil. 

Falando em Brasil, avançamos na expansão da energia eólica em nossa matriz energética (o número de pessoas beneficiadas pela energia do vento no país é de aproximadamente 12 milhões) e no crescimento dos coletores solares para aquecer a água do banho (já são mais de 2,5 milhões de coletores instalados). Mas não há ainda política definida para a produção de energia elétrica a partir do sol. Fala-se abertamente no governo na inclusão das térmicas a óleo, carvão e gás (hoje acionadas apenas em períodos de forte estiagem) na matriz energética. Também se discute a construção de novas usinas nucleares, a exploração do gás de xisto e, por fim, a construção de novas hidrelétricas em áreas de floresta na Amazônia. 

Se temos em nosso favor o privilégio de poder realizar escolhas (na maioria dos países o cardápio de opções energéticas é bem mais restrito que aqui), importa agir com inteligência, visão de longo prazo, e considerar as novas diretrizes que regem os investimentos globaisem energia. Emresumo: fontes fósseis (ainda muito importantes e prevalentes no mundo) perdem progressivamente prestígio e importância (o Brasil do pré-sal é uma das exceções). E pela velocidade com que os países desenvolvidos investem em inovação tecnológica na direção de fontes mais limpas, a “descarbonização” da matriz energética parece ser o norte magnético da bússola. Certo é que as escolhas que o Brasil fizer nos próximos anos serão determinantes para a maior ou menor inteligência de todo o sistema elétrico do país para além do século XXI. 



Bem mais que apenas ... CARNAVAL?

Quarta-feira de cinzas e é festa em Vila Isabel. 

Berço do samba, das calçadas por onde viveu Noel Rosa e hoje estão gravadas suas músicas, desde as 17h canta pelo título do carnaval carioca. Contudo, quando vemos um desfile, não podemos deixar de enxergar ali uma indústria que consome e produz milhões.

É cada vez mais comum vermos grandes corporações como patrocinadoras (as vezes nem tão claras) por traz dessa grande festa, exigindo que os temas sejam trabalhados conforme sua ótica. Fica claro que a expansão do capitalismo monopolista no carnaval não é mais tendência, é uma realidade.

Hoje me deparei com o texto enviado por um colega no Facebook.

Movimentos sociais elogiam samba da Vila Isabel e questionam patrocínio da Basf



Organizações, movimentos sociais e pesquisadores, que integram a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, entregaram anteontem (29) uma carta à vice-presidente da Unidos de Vila Isabel, Elizabeth Aquino. O documento elogia a escola pelo samba enredo “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um”, composto por Rosa Magalhães, Alex Varela e Martinho da Vila, que enaltece a agricultura familiar. A carta também critica o patrocínio da empresa alemã Basf, uma das maiores fabricantes de agrotóxicos do mundo, devido à associação da imagem do grupo com a biodiversidade.


Embora muitos ignorem, o patrocínio é uma ferramenta sem
precedentes  que acaba levando as marcas, e suas práticas, ao
nosso convívio promovendo um consumo indireto das mesmas

Ao entregar a carta, Marcelo Durão, da direção do Movimento dos trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou que muito do que a escola está colocando é o reconhecimento da pequena agricultura. Os movimentos, nesse sentido, querem colocar uma faixa da campanha transmitindo solidariedade à escola. O local ainda será definido, e ficou a sugestão da própria sede da agremiação.

“Um agradecimento e reconhecimento da pequena agricultura que a escola está levando para avenida, mas temos um posicionamento crítico que está escrito na carta. Enquanto representante dos movimentos organizados do campo, saúdo o reconhecimento da Vila Isabel da importância do pequeno agricultor para a produção de alimentos. Vamos mandar a frase antes, a nossa ideia é valorizar o reconhecimento que a escola deu para o campesinato. 

Não queremos arrumar nenhum problema para escola”, destacou Durão.

Reconhecendo desde o início a questão da ajuda da Basf, Elizabeth Aquino disse que não há problema mas haverá uma avaliação do conteúdo pois “não é a praia da escola tomar partido”. Ela destacou que em 2008 o enredo da Vila foi “Trabalhadores do Brasil”, e com o destaque da ala dos homens do campo desde então essa temática foi escolhida para entrar na Marquês de Sapucaí.

“Já tinha essa ideia, e com a ajuda do patrocínio da Basf ficou viável. A parte da empresa que está nos ajudando é a do agronegócio mesmo, então todos nós sabemos que são usados agrotóxicos e inseticidas, que pode não fazer algum bem por um lado e por outro tem que haver. Só que nós não temos nada com isso. O carnaval é extremamente competitivo, somente com o repasse da prefeitura nenhuma agremiação faz o carnaval. É preciso buscar outros recursos. Se a Basf é prejudicial, como a Bayer e outras tantas, cabe às autoridades fechá-la. Não vai ser uma escola de samba que vai conseguir isso”, observou.

Animais, espantalhos, natureza, dentre outros elementos que compõem a biodiversidade, serão retratados nas alegorias e fantasias da escola, que apresentará seu enredo no dia 11 de fevereiro. O homem do campo será representado de forma lúdica, sem a imagem dos grandes agricultores e “maquinário agrícola top de linha”, complementou a vice presidente. Segundo ela, de acordo com o regulamento da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) não é permitida a utilização de merchandisign, então não haverá nenhuma menção à Basf durante o desfile. Beth, como é chamada, não quis revelar o valor do apoio, alegando se tratar de uma prerrogativa do presidente.

A empresa, por sua vez, também não informou o valor do patrocínio. Segundo a assessoria, não tiveram “a confirmação de que a Vila Isabel recebeu qualquer carta de um movimento social a respeito da parceria da Basf, por isso não temos o que afirmar a respeito”. Em nota, eles enviaram um posicionamento que destaca, entre outras coisas, que a parceria é mais uma ação que sustenta a estratégia de negócio da Basf.

“Tal iniciativa é parte integrante da estratégia da Unidade de Proteção de Cultivos na América do Sul, cujo foco principal é a valorização do produtor rural e sua atividade, iniciada em 2009 com uma campanha multimídia de valorização da agricultura nacional intitulada ‘O Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira’. Desde então, a Basf tem desenvolvido iniciativas que conscientizem a sociedade sobre a importância da agricultura e também sobre o papel do agricultor não somente para a economia do País, mas também para o dia a dia de todos”, informa a nota.

Um dos autores do samba enredo e talvez o músico mais respeitado pela Unidos da Vila Isabel, Martinho da Vila, segundo sua assessora, se incomodou em função da sua militância com o fato de a escola homenagear os agricultores com apoio do agronegócio. Nesse sentido, o cantor propôs acrescentar a expressão “reforma agrária” na letra da música, mas como o tema é polêmico só consentiram em colocar a palavra “partilhar”, informou sua assessora.

Saúde e biodiversidade não combinam com agrotóxico

Em destaque aos casos de cânceres causados pelo consumo e manejo de agrotóxicos, apontados por diversas pesquisas, Sueli Couto, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), lembrou que 40% dos cânceres são passíveis de prevenção. Em sua opinião, é necessário promover a alimentação saudável, que vem da agricultura familiar, responsável pela produção de 70% dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros, de acordo com os dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2006.

“Precisamos usar mais esses canais para promover coisas saudáveis. As pessoas precisam entender que os alimentos não vêm do supermercado, porque principalmente as crianças acham que o alimento está empacotado. Precisamos valorizar esse homem que não tem feriado, e de sol a sol ele vai colocar nossa comida na mesa. Os urbanos não reconhecem isso. E é importante que a população possa ter uma alimentação segura”, alertou.

Para contextualizar o que a Basf representa em termos de saúde pública, André Burino, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV-Fiocruz), explicou que o que une os movimentos na entrega dessa carta é a Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida, pois o Brasil é o maior consumidor de “venenos agrícolas” desde 2008.

“Seis grandes multinacionais do planeta dominam o mercado mundial de agrotóxicos e sementes transgênicas, e a Basf é uma delas. Reconhecemos o samba com a maior sinceridade, porque a gente vê muito pouco espaço na mídia para reconhecer esse agricultor. Entendemos as necessidades do que se tornou algo muito competitivo entre as escolas, mas a empresa vai querer tirar seu proveito para tentar criar uma imagem indireta de que a Basf combina com biodiversidade. Porque toda a escola virá representando a biodiversidade, só que o agrotóxico não combina com a biodiversidade. Óbvio que os patrocinadores vão tirar proveito disso”, criticou.

Não tem nada com mais visibilidade que o carnaval, uma festa grandiosa internacional, reconheceu a vice presidente da escola. Ela reforçou, no entanto, que há uma liberdade poética do artista para o tema em sua representação e a Vila não fará apologia à empresa. Ressaltou ainda outros trabalhos oferecidos pela Unidos de Vila Isabel à comunidade local na área social, cultural, odontológica, dentre outras, graças a outros patrocínios, como o da Petrobras e o do supermercado Extra.

A carta entregue pelos três integrantes da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida ressalta, dentre outras observações, que: “... a Vila Isabel está sendo usada pelo agronegócio brasileiro para promover sua imagem, manchada pelo veneno, pelo trabalho escravo, pelo desmatamento, pela contaminação das águas do país e por tantos outros problemas. O agronegócio, que não pinga uma “gota de suor na enxada”, nem “partilha, nem protege e muito menos abençoa a terra”, quer se apropriar da imagem dos camponeses e da agricultura familiar, retratada no samba enredo de 2013, para continuar lucrando às custas do envenenamento do povo brasileiro”.

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Coisa de Pai...

Coisas que só um pai é capaz de fazer...

SHAZAM!!!

#VEMSEANPENN

Um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. 
Um sonho que se sonha junto é realidade.
                                                                                         Raul Seixas



#VEMSEANPENN

O Mundo como Quintal...


A família que cabe numa Kombi

Jason, Angela e Bode no Rio, após três anos e 80 mil quilômetros
na estrada. Eles largaram os confortos do “american way of life”
para viver dentro da Kombi Westfalia ano 1971 
Antes de apagar as quatro velinhas do bolo, o filho fez o pedido: “Queria passar mais tempo com meu pai”... E o que poderia virar tema de um livro de auto-ajuda bem piegas se tornou uma aventura internacional.

Jason Rehm é o pai que vivia ocupado com o trabalho, hipertenso e em crise de meia idade. Angela, a mãe com cabeça aberta, companheira de muito tempo. E Bode (o nome é esse mesmo) é o garoto que inspirou toda essa história ao ter seu desejo atendido.

Em agosto de 2009 eles largaram uma rotina com os tradicionais confortos da vida moderna na cidade de Alameda, na Califórnia, para se dedicar a uma viagem de 12 meses a bordo de uma Kombi fabricada em 1971. Mas eis que, três anos e meio após a partida, a família continua na estrada.

Devagar e sempre

Saíram dos EUA, subiram para o Canadá e, depois, desceram pelo México. Daí tomaram — lentamente, claro — o rumo da América do Sul. Há duas semanas chegaram ao Rio para passar uns dias. Onde vão parar? Nem eles sabem...

— Quando completamos o ano previsto inicialmente, estávamos na Costa Rica. Na dúvida sobre o que fazer, resolvemos continuar — conta Jason, um engenheiro com especialização em foguetes.

O mais difícil foi tomar a decisão de desatar os laços com a rotina e partir. Como o menino só entraria na escola no ano seguinte, pareceu o momento certo.

— Há muita gente que espera a aposentadoria para viajar. Mas, aos 65 anos, a disposição já não é mais a mesma — pondera o aventureiro.

Entre a ideia inicial e a ida para a estrada, passou-se um ano.

— O primeiro passo foi avisar a todo mundo que iríamos sair em uma longa viagem. Assim não haveria como voltar atrás — explica Angela.

Os amigos deram força e ajudaram no que puderam, mas os pais do casal acharam que era loucura.

Depois, chegou a hora de pedir demissão. O chefe não aceitou e propôs um acordo: Jason passaria a ser uma espécie de consultor online, fazendo seu trabalho no computador e enviando de onde estivesse. É a situação perfeita, já que permite à família viajar com independência econômica, sem depender de patrocinadores.

No ano de preparação, a Kombi Westfalia (modelo alemão com teto móvel e equipada para camping) foi inteiramente restaurada. Todos os bens que o casal tinha foram vendidos ou doados. E, assim, a família fugiu da armadilha do “american way of life”: trabalhar cada vez mais para acumular bens.

— Tudo o que temos hoje está dentro do carro e não sentimos falta de nada do que possuíamos antes — jura Jason.

Bermuda, vestidinho de alça, sandálias de dedo... No estilo de vestir, Jason e Angela estão mais para um casal de classe média carioca do que para hippies clássicos. A vida deles também é quase normal e inclui rotinas como acordar, trabalhar, dirigir, cozinhar. A diferença é que, a cada fim de tarde eles têm que buscar um local para estacionar (geralmente um camping ou uma praia). O quintal é o mundo.

Carro que abre portas

Jason é fanático por velhos Volkswagen. Sempre teve Fusca e dirigia um Karmann-Ghia antes de embarcar na Kombi:

— Quando há algum problema iminente, esses carros dão sinais bem óbvios e eu já sei o que está errado — diz.

Nesses 80 mil quilômetros, foram consumidos 16 amortecedores e o motor teve que ser retificado uma vez. Há constantes probleminhas, mas Jason consegue consertar tudo.

Um dia, no meio do Salar de Uyuni, nos cafundós da Bolívia, a familia acordou e se viu no meio de um lago de água salgada. A fiação entrou em curto, mas os conhecimentos do motorista foram suficientes para desenguiçar o carro.

— Há um monte de gente viajando em motorhomes enormes ou utilitários a diesel, como as Toyota Hilux. São veículos ótimos. A diferença é que a Kombi chama a atenção por onde passa, abrindo sorrisos e portas — afirma o viajante.

Outras vantagens do pão de fôrma da Volks são a mecânica simples, a abundância de peças pela América do Sul e a valentia ao enfrentar buracos na Nicarágua ou estradas de rípio na Patagônia.

Do abandono à glória

A casa rodante dos Rehm já foi um carro abandonado. Rebocado pela polícia da cidade californiana de Oakland (vizinha a Alameda), passou nove meses no depósito sem que alguém o reclamasse. Na falta de um dono, o veículo foi leiloado. Saiu por US$ 800, estava um caco, mas tinha potencial: toda a mobília original da Westfalia estava no lugar.

Na desmontagem para a restauração, foram descobertas sementes de maconha.

— Imagino que essa Kombi era usada para vender drogas — diverte-se Jason.

Depois, lanternagem completa, pintura, nova tenda e um motor 1.600 de dupla carburação zero-quilômetro. Assim, a casinha se tornou confiável para qualquer viagem.

Quase todos os equipamentos da Kombi ainda são os mesmos que saíram da fábrica de carrocerias Westfalia em 1971 (por coincidência, o ano de nascimento de Jason e Angela). A mobília básica nos 7m² do interior inclui uma cama de casal que vira banco e uma pequena cozinha.
Os únicos itens acrescentados foram uma cama para Bode, no teto da Kombi, e uma geladeira Engel elétrica (a original tinha que ser carregada com gelo). Sobre a capota, duas placas solares ajudam a alimentar tanto a geladeira quanto o computador. Banheiro? Só em áreas de camping ou postos de gasolina.

Uma curiosidade: até na cor a Westfalia da família californiana é idêntica à que pertenceu ao escritor argentino Julio Cortázar e sua companheira Carol Dunlop. Batizada de “Fafner, o dragão”, a Kombi levou o casal de beletristas em uma viagem pela França e virou personagem do livro “Os autonautas da cosmopista”, de 1982.

Se, antes, os parentes de Jason e Angela estavam preocupados, três anos depois todos apoiam a ideia. A mãe da viajante, por exemplo, pegou um avião e veio ao Rio encontrar o neto. Um blog permite que as pessoas queridas saibam por onde anda o casal.

— No começo, se esforçaram para pôr medo na gente, mas o que conhecemos do México até aqui foram povos abertos e receptivos, além de lugares lindos — lembra Angela.
Na lista de melhores paradas, os aventureiros citam Zorritos (Peru), Sucre (Bolívia) e Torres del Paine (Chile).

Bode ama essa vida em que cada dia é uma aventura. Em vez de sala de aula, o menino aprende in loco: já visitou as ruínas de Machu Picchu, viu a fauna das Ilhas Galápagos e da Patagônia, aprendeu espanhol em dois anos pela América Latina e agora já arranha o português. Angela faz as vezes de professora e baixa livros escolares pelo computador.

— A principal lição é de que exite um mundo fora dos Estados Unidos — diz o pai.
Mas um garoto de oito anos não sente falta de amigos?

— Ele é muito social e acaba fazendo amizades por onde passa — afirma a mãe.
Jason dirige a maior parte do tempo, mas Angela também pega o volante. Vão sem pressa, a 80km/h. Levam um mapa todo rabiscado com os possíveis destinos, mas nada é 100% planejado. Pode ser que, numa decisão de momento, passem alguns dias em uma cidade não prevista em qualquer guia.

Daqui, a família sabe apenas que tomará o rumo Norte (até Belém, de preferência pelo litoral) e que tem que sair do Brasil dentro de três meses, quando vencem os vistos de permanência. Depois, tentarão embarcar a Kombi em um navio “para a Europa, a Ásia ou a África”. Vago assim...

Até quando vai esta viagem?

— Continuaremos enquanto todo mundo estiver feliz — prevê Jason.

Tirinha - Calvin por Bill Watterson


segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Crise econômica e degradação ambiental de mãos dadas...

Adaptado do Blog Planeta Urgente

Como a pobreza imposta à Grécia degrada o ambiente


Tarifas de serviços públicos são agora tão caras para as famílias gregas
 que algumas passaram a usar lenha para se manter aquecidas. O resultado é
uma estranha névoa de fumaça que paira sobre a cidade.

Programas de austeridade do neoliberalismo estão provocando o sofrimento de milhões de pessoas, que respondem pelo comportamento leviano do setor financeiro, avalizado pelo sistema. A Grécia está sendo particularmente atingida. Os níveis de poluição do ar caíram em 40% desde 2008, mas isto não é algo para comemorar. Não é um resultado de políticas eficientes, e sim da recessão.

Alguns ambientalistas consideram o fato um ganho. Mas o que está acontecendo no país é um aumento maciço do smog, ou um nevoeiro contaminado por fuligem. O problema é sério em cidades importantes como Atenas e Salonica, mas vem sendo relatado em todo lugar, incluindo Ática e o Peloponeso. E não se trata do smog  verificado em dias quentes em cidades do mundo desenvolvido, com seus carros.

É uma forma mais rude, uma volta no tempo. O povo está queimando lenha como combustível doméstico, o que lembra a Londres de muitas décadas atrás. Em Londres, a média de matéria particulada no ar caiu de cerca de 160 microgramas por metro cúbico para menos de 20 entre 1961 a 1998. Na Grécia, os níveis alcançam hoje 300 microgramas, o que é considerado perigoso para a saúde humana pela Organização Mundial de Saúde.

Os efeitos são perversos, como comentou o analista grego Nikos Konstandaras : “Esta nova praga parece ser democrática, no centro e no subúrbio, sobre ricos e pobres, jovens e velhos, nativos e imigrantes… Mas o verniz da universalidade é fino: mais uma vez são os pobres que sofrem mais. Vivem em terras mais baixas, onde as toxinas se juntam, são forçados a queimar o que encontrarem… Não têm recursos de mandar membros vulneráveis da família para o campo.”

O governo grego estima que 13 mil toneladas de madeira foram cortadas ilegalmente no ano passado. O país retorna ao ponto mais baixo da chamada curva de Kuznetz. O economista teorizou que quando uma civilização começa a usar seus recursos naturais, ela aumenta seu impacto sobre o ambiente até um ponto em que a economia se torna mais eficiente e reduz este impacto. Acontece nos países mais ricos. Mas não na Grécia.

O país ficou nas mãos da política de austeridade européia quando descobriu, logo depois da crise global financeira, que não poderia pagar sua dívida. Em troca de capital para salvar a situação, a Grécia concordou em cortar seu deficit. E os impostos subiram – sobre a renda, a propriedade e energia. Combinadas ao custo mais alto do petróleo, estas altas elevaram os custos de aquecimento em mais de 40% no começo do mês mais frio no país, janeiro.

O desemprego grego é o mais alto do mundo desenvolvido, comenta The Atlantic. O PIB do país passa por sua pior contração em tempos de paz de qualquer país não-comunista desde o século 19.

“A atmosfera nunca foi pior”, diz Marianna Filipopoulou, uma antropóloga que viveu em Atenas por quatro anos. “Esta cada vez mais difícil de respirar. Mesmo nossos olhos dóem por causa do smog.” Ela diz que a culpa não é das famílias, mas da circunstância deplorável delas. “Nã há outro jeito, dada a escassez de dinheiro.”

Apenas futebol...

PH Ganso e Santos F. C. travaram no ano passado uma queda de braço que culminou na transferência do jogador para o São Paulo. 

Ontem Santos e São Paulo jogaram na Vila Belmiro com Ganso vestindo pela primeira vez a camisa tricolor contra seu antigo clube... maior polêmica, gritos de mercenário, moedinhas sendo arremessadas... 

Antes da partida, um garoto, torcedor  do Santos, se aproxima de Ganso para cumprimentá-lo... olha só o que ele fez...


Isso é apenas futebol!

Tirinha - Calvin por Bill Watterson


domingo, fevereiro 03, 2013

Paperman

Indicado ao Oscar de melhor curta de animação (veja a lista completa), Paperman foi exibido aqui no Brasil antes do longa "Detona Ralph", eu e meu filho curtimos muito. Espero que vocês também curtam!

Um Sorriso Todo Dia - Sorriso 172


Marton é um daqueles caras que parecem estar sempre de bem com vida, aqueles caras que
todo mundo gosta (menos o Tatá...), é daqueles que você sempre fala... "você tem que conhecer o Marton". 

Além da simpatia, do papo tranquilo, da piada boa e do faro de gol... tem muito talento com as palavras e faz 171 sorrisos que me divirto com os textos do seu blog UmSorriso Todo Dia

Eis que chegou o meu dia, minha vez de ter o sorriso acompanhado dessa legenda perfeita... 

Valeu "Martão", golaço... nota 10 ! 


Estava tudo pensado, tramado, arrumadinho aqui na cabeça. 
Ai, aconteceu... Acidentes acontecem e não conseguia me perdoar pelo descuido.
Já tinha pensado num texto bacana, falando de amizade que surge do nada e aos poucos vai ganhando espaço.
Lembrei de um conto do Rubem Braga que fala sobre três amigos na praia e ia até citar um trecho: "Éramos três animais já bem maduros a entrar e sair água muito salgada, tendo prazer em estar ao sol. Três bons animais em paz, sem malícia nem vaidade nenhuma(...)E tão sossegados e tão inocentes, que, se Deus se nos visse por acaso lá de cima, certamente murmuraria apenas - “lá estão aqueles três" - e pensaria em outra coisa."
Tá vendo? Era pra ficar bacana mesmo. Afinal, este sorriso esta sempre acompanhando os sorrisos desde o começo, dando força, divulgando e é um dos seguidores do blog.
Um sorriso amigo é muita responsabilidade.
Daqueles que se tem horas de papo natural. Sem puxar assunto. E se pilham fácil, já tem piadas particulares, trabalhando na linha da sutileza.
As vezes...
Afinal, o pavio, um tanto curto do camarada pode causar estranheza. Um tanto curto nada! Que pavio?
Quando nos conhecemos jogando bola (sim, conheço muita gente assim), tem tempo isso, foi descaso a primeira vista.
Afinal, o cara é vascaíno daqueles que acreditam mesmo naquela agremiação, e um pouco genioso durante as pelejas. 
A gente se aturava. 
Nada melhor que o tempo, filhos e uns quilos a mais. A gente muda por dentro e por fora. 
Por isso, quando outro dia ele me cobrou num outro sorriso, com um sutil "adorei, na fila" ou algo assim, gelei. 
Ainda apostei em um reencontro fácil, afinal toda semana tem pelada... 
Não, não teve. E quando teve ele não foi. Como corrigir o acontecido?
Nem adianta enrolar mais e a verdade é essa: Rodrigo Leão eu havia perdido seu sorriso. 
Isso, de forma poética fica lindo. Daria uma ode. 
Numa forma pragmática não. 
Nunca havia perdido nenhum dos meus cliques, sempre tenho um backup mas desta vez, sem explicação aconteceu. 
Fui catar pra escrever sobre e... Nada. Ta aqui, não, tá ali, também não... Perdido a vera. Vazio... 
E esta semana, como do nada eis que ele, o seu sorriso, reapareceu ali, no lugar de sempre, calmo, afetuoso e sorridente. Quase que perguntando:- E aí? Sai ou não saí? 
Coisas de São Longuinho. 
Talvez seja para provar que no fundo um grande sorriso nunca se perde. 
Mesmo as vezes mal humorado. 
Afinal, pergunta ao Felipinho se tem sorriso mais maneiro que esse?
Tá bom minha gente... Mãe não vale.